Três dos 9 policiais civis presos segunda-feira (25) no âmbito da Operação Codicia (ganância, em espanhol), serão transferidos para presídio em Campo Grande por falta de vaga na Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã.
Nesta quinta-feira (28), o juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, onde tramita a ação penal, mandou transferir João Batista Olmedo Júnior, Adriana Jarcem da Silva e Valdenei Peromalle. Eles ficarão presos na Capital enquanto valer o mandado de prisão preventiva.
Além dos três, estão presos Marcio André Molina Azevedo, Marcos Alberto Alcântara, Mauro Ranzi, Rogério Insfran Ocampos (perito criminal), Ricardo Alexandre Olmedo e Jonatas Pontes Gusmão, o “Jhow”. Marcos Alberto foi preso temporariamente (validade de 30 dias). Os demais foram presos preventivamente (sem prazo definido para a custódia).
Escrivão de polícia, Jonatas Gusmão não foi encontrado em Ponta Porã na segunda-feira. Como está de férias, ele tinha viajado para o interior de Goiás, onde foi preso.
Afastados
Hoje, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul determinou o afastamento de Márcio André Molina Azevedo, Mauro Ranzi e Rogério Insfran Ocampos.
Portaria assinada pelo corregedor Márcio Rogério Faria Custódio também dispensou Marcio Molina do cargo de chefe de Seção símbolo DAPC-7 na Delegacia-Geral da Polícia Civil. A função é de confiança.
Ontem a Corregedoria-Geral já tinha determinado o afastamento do delegado Patrick Linares da Costa, que chefiava a 2ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã. Ele também é investigado.
A investigação começou em 2021 após policiais civis da 2ª DP cobrarem propina para devolver às vítimas uma carreta roubada no Rio de Janeiro e recuperada na fronteira. O casal dono do veículo pagou R$ 5 mil para reaver o caminhão. A operação investiga ainda o envolvimento dos policiais com o desvio de drogas do depósito da polícia em Ponta Porã.