Caio Claimison da Silva confessou em depoimento o assassinato de Maycon Nunes dos Santos, no Harrison de Figueiredo
O ex-presidiário Caio Claimison da Silva, 32, confessou em detalhes o assassinato de Maycon Nunes dos Santos, 36, ocorrido na noite de sábado (30) no Residencial Harrison de Figueiredo, em Dourados.
Em depoimento ao delegado Lucas Albe Veppo, ele disse que matou Maycon por desentendimentos ocorridos ainda no período em que estiveram presos na mesma cela na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Alegou ter sido ameaçado, humilhado e agredido por Maycon, que exercia certa liderança dentro da cadeia.
No interrogatório gravado em vídeo, Caio da Silva disse que matou o desafeto ao encontrá-lo na casa onde funciona um ponto de venda de drogas, popularmente conhecido como “boca”.
Ele afirmou que o crime ocorreu na terceira vez em que esteve no local naquele sábado, para comprar droga. Alegou ter sido ameaçado primeiro por Maycon e disse ter desferido os golpes após pegar a faca do agressor.
“Só lembro da primeira, depois fiquei cego”, disse ele (veja acima o vídeo de parte do depoimento). Maycon foi atingido com pelo menos 15 facadas. Dois golpes foram na parte de baixo do pescoço. A arma, com 20 centímetros de lâmina, foi apreendida pela Polícia Civil.
Caio Claimison da Silva, que se declarou dependente de crack, afirmou que não havia reencontrado Maycon Nunes dos Santos após deixar a prisão. Segundo ele, estava naquele bairro recentemente, morando provisoriamente com a mãe. No final do depoimento, disse estar arrependido e pediu que “Deus conforte” a família do morto. “Era um cara perigoso, assassino, já tinha matado duas ou três pessoas”, afirmou.
Com extensa ficha criminal, Maycon Nunes dos Santos era assassino confesso de três homens, em 2013, no Parque das Nações, região leste da cidade. Na época, disse que havia matado dois porque eram “vagabundos” e o terceiro por ter mexido com a mulher dele.
Caio Claimison da Silva foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. Nesta terça-feira (2), durante audiência de custódia, a Justiça decretou sua prisão preventiva.
As investigações continuam. O irmão dele, também presente na cena do crime, está sendo procurado pela polícia. Caio disse que o irmão não teve envolvimento no assassinato de Maycon. “Meu irmão deu um chute nele para me defender e depois voltou para fora da casa”, afirmou.