Antônio Joaquim da Mota foi solto há duas semanas; nova decisão manda acusado voltar para a cadeia
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Reynaldo Soares da Fonseca suspendeu, nesta quinta-feira (29), a decisão que havia determinado o relaxamento da prisão de Antônio Joaquim da Mota, conhecido como Tonho, apontado pela Polícia Federal brasileira como líder do tráfico de armas e drogas na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.
Antônio Joaquim da Mota, que foi preso em fevereiro deste ano em Ponta Porã, é considerado um dos principais chefes de organização criminosa responsável por controlar o tráfico internacional de drogas entre os dois países. A apuração do MPF (Ministério Público Federal) também indica a ligação do acusado com outras organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
No dia 15 de agosto, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca havia concedido habeas corpus ao acusado, diante da alegação da defesa de que não fora intimada para apresentar contrarrazões no processo que deu origem ao pedido de prisão.
O MPF recorreu contra essa decisão, sustentando que o risco de fuga do acusado, a gravidade dos crimes atribuídos a ele e a robustez das provas reunidas durante as investigações evidenciavam a urgência da decretação da prisão preventiva, que não poderia esperar a realização de um contraditório prévio.
Diante desses argumentos, o ministro decidiu suspender o cumprimento da ordem concedida anteriormente, até o julgamento definitivo do recurso do MPF. Antônio da Mota havia sido solto logo após a decisão do dia 15 e até agora não há informação se ele vai se entregar para cumprir a nova decisão do ministro do STJ.