Policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) prenderam nesta quarta-feira (3/9), a dupla envolvida no assassinato de Lucas Moura Rghin, de 29 anos, ocorrido na madrugada de domingo (31/8), em uma conveniência na Rua Olga de Lima Melgarejo, no Bairro Estrela Porã, em Dourados. Alex Oliveira de Souza, de 36, é apontado como autor dos três disparos que vitimou o rapaz, e enquanto Elton Martins, de 43, acusado de envolvimento.
Segundo o delegado Lucas Veppo, responsável pelas investigações, a dupla compareceu à sede do Setor de Investigações Gerais na tarde de hoje, acompanhada de um advogado e durante o interrogatório permaneceu em silêncio. Alex e Elton já eram procurados pelas autoridades desde domingo.
“Nós atuamos de forma rápida e, por volta das oito da noite, já tínhamos o mandado de prisão preventiva expedido contra os dois investigados”, explicou Lucas.
A investigação aponta que os envolvidos, experientes em caça e acampamentos, poderiam ter fugido para áreas rurais da região, como o distrito de Itahum ou até mesmo o distrito de Nova Itamarati, na região de fronteira com o Paraguai. A polícia chegou a realizar buscas com apoio aéreo de helicóptero do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), mas não conseguiu localizá-los.
Com a pressão da divulgação de que eram procurados, os dois decidiram se apresentar.
Ainda conforme o delegado, os disparos foram premeditados. Testemunhas relataram que, após uma discussão em uma conveniência, Alex foi até a residência, buscou uma carabina calibre .22 e retornou ao local. Dentro do carro, aguardou o grupo de jovens. Quando a confusão recomeçou, foi ele quem abriu fogo.
“O autor dos disparos, visto de preto nos vídeos, é CAC (Colecionador, Atirador e Caçador). Ele tinha a arma registrada e experiência em caça de javalis, o que explica a rapidez e precisão nos disparos”, disse a autoridade policial.
Além de Lucas que morreu no local, outros dois jovens também foram baleados, porém, socorridos e levados para o HV (Hospital da Vida).
Passagens anteriores
Tanto a dupla presa hoje, quanto as vítimas, de acordo com o chefe do SIG, já tinham passagens pela polícia, embora por crimes de menor gravidade. Nada, segundo a investigação, que justificasse a violência registrada na madrugada de domingo.