Pelo menos três empresas de Dourados são alvos de operações da Polícia Federal nesta quarta-feira (15). Viaturas da PF foram vistas em frente à Referência Construtora e Incorporadora, na Avenida Dom Redovino Rizzardo, na Primeira Linha Acabamentos e na Focco Imobiliária, ambas na Avenida Weimar Gonçalves Torres.
O Dourados Informa apurou ainda que policiais federais também estão em pelo menos um endereço no Residencial Porto Madero.
Simultaneamente, foram deflagradas nesta quarta as operações Sordidum e Prime, ambas com o objetivo de combater organizações criminosas dedicadas ao tráfico internacional de drogas e armas, evasão de divisas, falsificação de documentos públicos, tortura, dentre outros crimes.
As ações relacionadas à deflagração ocorrem em Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e São Paulo, além de Mato Grosso do Sul.
O grupo investigado remetia drogas a países da América Central, estimando-se que tenha havido o transporte de pelo menos seis toneladas de cocaína no decorrer dos três anos de investigações.
Para movimentação e ocultação dos valores e bens, o grupo utilizava doleiros atuantes na fronteira do Brasil com países vizinhos, além da criação de empresas de fachada, negócios dissimulados e pessoas interpostas (laranjas).
Ao todo, foram mobilizados 273 policiais federais para o cumprimento de 64 mandados de busca e apreensão, 25 mandados de prisão preventiva, 11 mandados de prisão temporária, sequestro de cerca de 90 imóveis identificados e bloqueio de bens e valores em desfavor de cerca de 80 pessoas e empresas envolvidas.
Armas
A empresa Referência Construtora e Incorporadora pertence a Claudinei Tolentino Marques. Em julho do ano passado, a empresa dele, a Federal Armas, foi fechada por ordem judicial após investigação do Dracco (Departamento de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, descobrir venda ilegal de fuzis até para traficante foragido da Justiça.
Na época, Claudinei afirmou, em nota, que as vendas só eram feitas após autorização da Polícia Federal e do Exército Brasileiro.