Brasileiros ficam 7 meses presos no Paraguai por crime que não cometeram

Presos em outubro do ano passado, seis brasileiros foram soltos nesta quinta-feira (28) depois de passarem quase sete meses na cadeia por crime que não cometeram. Eles tinham sido detidos pelo departamento de investigações da Polícia Nacional no dia 11 de outubro em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã.

Hywulysson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armani e Silva Simões, Gabriel Veiga de Souza, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes foram acusados sem provas de envolvimento na chacina de quatro pessoas ocorrida naquela cidade, na madrugada de 9 de outubro.

Morreram na chacina Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21, Omar Vicente Álvarez Grance, 32, e as brasileiras Kaline Reinoso de Oliveira, 22, e Rhamye Jamilly Borges de Oliveira, 18.

Haylee era filha do governador de Amambay Ronald Acevedo. Kaline morava em Dourados. O alvo seria Osmar, narcotraficantes da fronteira e namorado de Haylee.

A Polícia Nacional informou na época que a caminhonete usada pelos autores da chacina teria sido vista entrando na casa onde os brasileiros foram presos.

Hoje de manhã, o juiz criminal de Garantias Álvaro Rojas Almirón deferiu o pedido de arquivamento definitivo do processo e ordenou a expulsão do grupo por descumprir a Lei Migração do país vizinho.

Os brasileiros eram “sacoleiros” – vendedores ambulantes que compram produtos importados na fronteira para revender. Eles alugaram a casa em Pedro Juan para ficarem nos dias em que permaneciam na fronteira para fazer compras.