O brasileiro Ricardo Luiz Picolotto, o “R7”, foi preso nesta terça-feira (19) no âmbito da Operação Ignis, deflagrada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
Segundo a agência, Picolotto é sócio do narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, considerado um dos bandidos mais sanguinários do território paraguaio. Na mesma operação de hoje, nove pistoleiros que faziam parte do “exército” do traficante, foram mortos em confronto com agentes da Senad e outros nove foram presos.
Na casa de Picolotto, em Salto del Guairá (cidade vizinha de Mundo Novo), a Senad apreendeu grande quantidade de armas, equipamentos táticos e joias (veja o vídeo acima).
Conforme a Senad, “R7” mantém vínculos com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e havia se tornado importante fornecedor de armas para a facção criminosa brasileira.
Além de Ricardo Picolotto, a operação de hoje prendeu outros dois brasileiros – Gabriel Fernando dos Santos, o “Gordinho”, e Carlos Daniel Castro Wenceslau.
Os outros sete presos são os paraguaios Eusebio Acosta Riveros, irmão de “Macho”, Heriberto Roa Coronel, Hugo Ramón Benítez, Hugo César González, Alfredo Guzmán Portillo, Cristian Santiago Martínez e Sergio Denis Medina Benítez.
Com apoio de helicópteros, a operação fez buscas em vários pontos do departamento de Canindeyú, que fica na linha internacional com os municípios de Paranhos, Sete Quedas e Mundo Novo.
O confronto ocorreu em uma propriedade rural nos arredores de Salto del Guairá. Quando as equipes da Senad chegaram ao local, ainda de madrugada, foram recebidas a tiros. Durante o confronto, nove bandidos morreram. Fuzis automáticos, pistolas, grande quantidade de munição e até uma metralhadora antiaérea foram encontrados na fazenda.
A Senad ainda não informou se Felipe Acosta foi preso. Segundo a agência antidrogas, o bando armado chefiado por “Macho” atua no tráfico de drogas e assassinatos. O bandido age ao estilo dos carteis mexicanos, circulando sempre acompanhado por vários carros ocupados por homens armados. Para intimidar e ameaçar os rivais e até a polícia, a escolta armada também acompanhava as cargas de drogas enviadas ao Brasil. (Crédito: Campo Grande News)