Wanderson Heringer da Costa prestou depoimento e foi liberado para aguardar a conclusão das investigações
Wanderson Heringer da Costa, 48, conhecido como “Sabugo”, se apresentou nesta sexta-feira (26) à Polícia Civil e confessou ter disparado o tiro que matou Genaldo do Nascimento Medeiros, 35, o “Paraíba”, na noite de quarta-feira (24), em Dourados.
O crime ocorreu em um conjunto de quitinetes na Rua Constâncio Luís da Silva (antiga W4), no Jardim Água Boa. Colegas de trabalho em uma funilaria no bairro, Genaldo e Wanderson eram amigos.
Sem advogado, Wanderson chegou à delegacia e disse que havia sido o autor do assassinato. Em depoimento ao delegado Dermeval Neto, ele alegou que não teve intenção de matar Genaldo, de quem era amigo.
Segundo a versão do autor, houve um bate-boca entre ele, Genaldo e o morador da quitinete vizinha por perturbação do sossego. Durante a discussão, ele foi até o carro, pegou a espingarda e disparou o tiro. Wanderson afirmou que não tinha intenção de acertar em alguém, mas efetuou o disparo “para se defender”.
Após o crime, ele fugiu e disse ter jogado a espingarda numa área de mata na Sitioca Campina Verde. Os policiais foram ao local, mas não encontraram a arma. Como não havia mandado de prisão, Wanderson foi ouvido e liberado para aguardar o andamento das investigações.
A versão do autor é diferente da história contada pelo vizinho da vítima. De acordo com o boletim de ocorrência, após chegarem do trabalho, no início da noite, os dois amigos sentaram em frente à quitinete e começaram a beber.
O morador de outra quitinete, um auxiliar de serviços gerais de 44 anos, também estava sentado no quintal coletivo, mas em frente à sua moradia.
Em determinado momento, Wanderson Costa começou a implicar com o vizinho e o mandou ir para dentro de sua casa. O homem respondeu que iria ficar sentado na frente de sua quitinete, pois também tinha direito de usar o quintal.
Wanderson saiu e voltou em seguida armado com a espingarda. Ele apontou a arma para o vizinho, mas Genaldo entrou na frente da espingarda e foi atingido pelo tiro. A testemunha afirmou não ter dúvidas de que Wanderson queria matá-lo, mas acabou alvejando o próprio amigo. Segundo a polícia, Wanderson morava em outro local, mas passava alguns dias na quitinete do amigo.