A amiga da adolescente encontrada morta ontem (26) em uma vala nos fundos do shopping de importados Planet Outlet, em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã, está entre os suspeitos do crime. A mulher de 21 anos foi a última a ver Luana Gonçalves da Silva na madrugada de sábado (23).
Ela alega que após se divertirem em um bar no centro de Ponta Porã na sexta-feira à noite, a adolescente desceu do carro em que as duas estavam com dois homens e outra amiga e saiu correndo na escuridão. Chovia muito naquele momento. Todos moram em Sanga Puitã, distrito localizado na margem da BR-463, entre Ponta Porã e Dourados.
Em áudio já em poder das polícias brasileiras e paraguaias, a amiga de Luana se explica sobre o ocorrido, nega envolvimento no sumiço e diz que não estava sozinha com a adolescente. “Ela sumiu, correu da gente, não é minha culpa”.
Apesar de a mulher negar culpa pelo sumiço e consequente morte de Luana, o Campo Grande News apurou com fontes da fronteira que ela é tratada como suspeita do crime. As outras três pessoas que estavam no Golf também estão sendo interrogadas.
A amiga de Luana explica no áudio que chegou a sair correndo atrás dela quando a menina desceu do carro e até caiu em uma vala. Mas só ela retornou para o veículo.
O médico forense da Polícia Nacional afirmou que Luana morreu em consequência de pancada no lado direito da cabeça. O objeto usado no golpe poderia ser um “soco inglês”, instrumento de defesa pessoal colocado nos dedos para ampliar a força de um golpe com a mão.
Outra constatação do legista é que o corpo de Luana foi arrastado pela enxurrada até o local onde foi encontrado ontem, já em decomposição. O cadáver estava enrolado em pedaços de plástico e outros materiais, clara demonstração de ter sido carregado pela água da chuva.
Detalhe ainda mais importante que faz a polícia desconfiar da amiga é o fato de a mulher estar com o celular da adolescente. No boletim de ocorrência sobre o desaparecimento, registrado na polícia em Ponta Porã, as irmãs de Luana disseram que essa amiga dela já estava com o celular há três dias e se negava a devolver o aparelho. Só ontem, após o corpo ter sido encontrado, ela entregou o celular.
Ontem à noite, policiais paraguaios foram até Sanja Pytã – cidade separada por uma rua de Sanga Puitã – para ouvir o depoimento da amiga de 21 anos e da outra mulher que estava no carro, também brasileira, de 18 anos de idade.
Policial
Outra linha da investigação se refere a um policial paraguaio que teria sido visto conversando com Luana na mesma noite do desaparecimento. Há suspeita de que os dois tinham relacionamento.
Na versão das pessoas que estavam no carro com Luana, ela teria saído correndo falando que era uma “sereia” e iria encontrar o seu “sereio”. O veículo desse policial já foi identificado e está sendo procurado pela polícia.
Fonte: Campo Grande News