É ouro para Mato Grosso do Sul e para o Brasil. Yeltsin Jacques alcançou, na tarde desta terça-feira (21), o primeiro lugar nos 5.000 metros, classe T11 (atletas com deficiência visual) do atletismo nos Jogos Parapan-Americanos 2023. A prova foi realizada no Centro Atlético Mario Recordón, no Estádio Nacional, em Santiago, no Chile.
O sul-mato-grossense concluiu o percurso em 15min13s10, constituindo um novo recorde parapan-americano na prova. Até então, o menor tempo registrado na competição continental havia sido na edição de Toronto-2015, com a marca de 15min39s54, feita pelo canadense Jason Joseph Dunkerley.
Na capital chilena, Yeltsin correu ao lado de dois atletas-guias, que revezaram durante o trajeto: Edelson Ávila e Guilherme Ademilson Santos. Com apoio de seus companheiros, o atleta de Mato Grosso do Sul superou a concorrência de outros sete competidores e, de quebra, garantiu a primeira medalha de ouro para o Brasil na modalidade.
“Só tenho a agradecer quem torce e vibra por nós, principalmente o pessoal de Mato Grosso do Sul. Um abraço para todos vocês. Saudades já da nossa terra, do nosso calor. Eu e os meninos [atletas-guia] estamos bem e já mostramos o que vamos fazer em Paris [nos Jogos Olímpicos] no ano que vem”, disse o sul-mato-grossense, que é um dos contemplados pelo Bolsa Atleta, programa do Governo de Mato Grosso do Sul.
E teve dobradinha verde e amarela no pódio. Isso porque o brasileiro Júlio César Agripino fechou os 5.000 metros em terceiro lugar, com o tempo de 15min36s71. A prata foi assegurada por Rosbil Yohon Guillen, do Peru, chegando a 15min28s52. Este foi o segundo ouro de Yeltsin nos 5.000 metros do Parapan, depois de ter vencido essa mesma prova em Toronto-2015. Em Lima-2019, foi bronze.
A participação de Yeltsin Jacques em Santiago-2023 não para por aí. A próxima disputa na competição será a semifinal dos 1.500 metros, na sexta-feira (24), às 16h30 (horário de MS). A final desta mesma prova ocorrerá no dia seguinte, às 17h30. Nos 1.500 metros, o sul-mato-grossense vai em busca do tricampeonato (Toronto-2015 e Lima-2019).