O Tribunal Superior Eleitoral vai iniciar no dia 27 deste mês o julgamento virtual que poderá cassar o mandato do deputado estadual Lucas de Lima (sem partido) por infidelidade partidária. A decisão poderá levar colocar a assistente social Glaucia Iunes (PDT) como a 4ª deputada estadual de Mato Grosso do Sul.
Na segunda-feira, o Tribunal Regional Eleitoral suspendeu o julgamento do pedido de Glaucia para assumir a vaga de Lucas de Lima no legislativo. O objetivo é esperar a decisão do TSE para não ter conflito.
O TRE aceitou pedido de Lucas para se desfiliar ao PDT, um partido de centro-esquerda, para se filiar ao PL, de extrema direita e liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o TSE entendeu que não houve perseguição política nem justa causa para o radialista deixar o PDT.
O PDT alegou que sempre deu apoio ao deputado estadual, inclusive colocou funcionários e recursos a disposição para disputar a prefeitura da Capital nas eleições de 2024. Apesar de pontuar bem nas pesquisas, Lucas alegou que não gostou da filiação o ex-prefeito Marquinhos Trad e desistiu da disputa para apoiar o candidato a prefeito do PSDB, Beto Pereira.
Para o Ministério Público Eleitoral, o deputado não sofreu perseguição nem foi discriminado no PDT.
Lucas de Lima até tentou voltar ao PDT para não perder o mandato, mas não houve acordo. Ele poderia deixar a sigla na janela partidária, que será aberta em março de 2026.