Três candidatos a governador em 2022 vão entrar na disputa das 29 vagas de vereador em Campo Grande nas eleições deste ano. O número ainda pode aumentar caso o ex-deputado estadual Capitão Contar, que estava filiado ao PRTB, acate o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser o puxador de voto para os candidatos de direita e extrema direita.
O ex-prefeito Marquinhos Trad trocou o PSD pelo PDT e já confirmou que será candidato a vereador. Além de ex-vereador, ele é ex-deputado e foi prefeito da Capital por dois mandatos. Ele vai entrar na disputa com a intenção de reconstruir a carreira política abalada após ser denunciado por assédio sexual e ficar em 6º lugar na disputa do cargo de governador.
Marquinhos não pode disputar um novo mandato de prefeito porque foi reeleito na última eleição e abriu mão do mandato para a vice, a atual prefeita, Adriane Lopes (PP).
A advogada Giselle Marques foi oficializada como pré-candidata a vereadora pelo PT. O partido avalia que ela teve um bom desempenho na primeira eleição em que disputou ao ficar em 5º lugar na disputa do Governo. A petista foi superintendente do Procon na gestão de Zeca do PT.
O terceiro candidato confirmado é do líder dos sem-terra Adonis Marcos, que trocou o PSOL pelo Cidadania para disputar uma vaga na Câmara Municipal da Capital. Ele terá o maior desafio porque o Cidadania faz parte da federação com o PSDB e a chapa é considerada pesada, com muitos nomes competitivos.
Capitão Contar sumiu, literalmente, do noticiário nos últimos dias. O ex-deputado estadual estudava a possibilidade de trocar o PRTB pelo PL. Ele também tinha a intenção de disputar a prefeitura da Capital com o apoio de Bolsonaro, mas o ex-presidente deu entrevista o aconselhando a ser candidato a vereador. O PL definiu que o candidato a prefeito do partido será o ex-deputado Rafael Tavares.
Ex-prefeito da Capital por dois mandatos, ex-deputado federal, ex-deputado estadual e ex-governador por duas gestões, André Puccinelli é pré-candidato a prefeito. No entanto, ele admite que só irá levar a candidatura até o fim se contar com recursos e estrutura. O plano do emedebista é obter apoio para ganhar uma eleição em 2026. No entanto, há quem o aconselhe a disputar uma vaga na Câmara.
Na última eleição para o Governo, Capitão Contar foi o mais votado no primeiro turno na Capital, com 130.972 votos, seguido por André com 107.260. Marquinhos ficou em 3º, com 76.102. Giselle ficou em 6º com 34.032 votos. Adonis ficou com apenas 1.805 votos e não seria eleito nem a vereador.
A grande aposta é para quem vai manter o prestígio e quebrar o recorde na votação da Câmara. Em 2012, o ex-governador Zeca do PT foi o mais votado com 13.010 votos. Em 2008, Alcides Bernal (PP) teve 12.294 votos. Em 2016, André Salineiro foi o campeão com 8.776 votos.