A ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), do Centrão, subiu sete pontos e se isolou na liderança na disputa pela única vaga no Senado por Mato Grosso do Sul, segundo a nova pesquisa do Instituto Ranking Brasil. Enquanto isso, os principais adversários da deputada, como o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), e o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante), perderam fôlego e oscilaram negativamente.
A indefinição no MDB está prejudicando os cotados para o cargo. O ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB), perdeu pontos em relação à pesquisa de maio, quando foi testado. Já o advogado e professor da UFGD, Tiago Botelho (PT), ainda não conseguiu decolar, mesmo sendo o candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e segue entre os últimos.
Realizada com 3 mil eleitores em 30 cidades de 27 de junho a 2 de julho deste ano, a pesquisa do Ranking tem margem de erro de 1,8% para mais ou menos e nível de confiança de 95%. Na Justiça Eleitoral, a sondagem foi registrada com os números MS-02344/2022 e BR-05621/2022.
Conforme o levantamento, no cenário estimulado, Tereza está com 30,50%, seguida por Odilon com 12,30%, por Mandetta com 10,70%, por Harfouche com 7,60%, por Waldeli com 2,40%, pelo empresário Jeferson Bezerra (Agir 36), por Tiago com 1%, Adonis Marcos (PSOL) com 0,20%, Wilson Joaquim (PSC) e Henrique Medeiros (PV) com 0,10%.
Apesar do favoritismo de Tereza, o cenário ainda parece indefinido. Indecisos, brancos e nulos somam 33,4%, acima dos 30,50% obtidos pela deputada federal. Contudo, a representante do polêmico Centrão ainda lidera com folga a disputa.
Em relação ao mês passado, Tereza subiu de 23,2% para 30,50%. Ela já chegou a ter 38,70% no mês de fevereiro deste ano. Veio caindo até o mês passado, quando reagiu e subiu sete pontos.
O juiz Odilon se manteve em segundo, mas caiu em relação a junho, quando tinha 13,10%. O magistrado chegou a subir, já que tinha 10%. No entanto, não manteve o fôlego. Na mesma situação está Mandetta. O ex-ministro da Saúde ficou estável, em torno de 11% nos últimos dois meses, e agora passou para 10,7%.
Concorrente de Mandetta na chapa de Rose Modesto (União Brasil), Harfouche não decolou, mesmo sendo o primeiro a definir os dois suplentes. Ele passou de 9% em junho passado para 7,6%.
A situação é ainda pior no MDB. O partido cogita lançar Waldeli ou o ex-ministro Carlos Marun. No mês passado, o ex-deputado federal pontuou 4% na pesquisa do Ranking. Neste mês, o ex-prefeito de Costa Rica teve 2,40%. Em maio, Waldeli chegou a 6,40%.
Tiago Botelho vem percorrendo o Estado para se apresentar como o senador do Lula. No entanto, ele ainda não conseguiu colar no ex-presidente e permanece com 1%. A esperança é de que o início da campanha eleitoral lhe dê folego e faça ele repetir a façanha de Soraya Thornicke (União Brasil), que subiu como um meteoro ao colar em Bolsonaro e acabou eleita na abertura das urnas.
Na espontânea, Tereza lidera com 20,30%, seguida por Odilon com 9,50%, Mandetta com 7,2%, Harfouche com 3,2% e Simone Tebet com 2,50%. A senadora não vai disputar a reeleição e vai tentar disputar a Presidência da República.
Odilon é o mais rejeitado, com 10,6%, seguido por Mandetta com 9,9%, Harfouche com 7,4%, Tiago com 6,8% e Tereza com 5,30%.