Os deputados da Assembleia Legislativa aprovaram, em primeiro turno de votação, o Projeto de Lei que concede reajuste geral anual de 5% aos servidores públicos estaduais. O debate foi marcado por protestos de professores convocados da Rede Estadual que lotaram o plenário da Alems na sessão desta quarta-feira (3).
A mobilização da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) pede a reformulação da carreira dos administrativos da educação e a equiparação salarial entre os professores convocados e os efetivos. Além disso, os profissionais da categoria, cuja data-base é outubro, querem a antecipação do reajuste salarial para maio, como ocorre com os demais servidores.
O protesto ecoou no plenário e ganhou apoio do deputado Pedro Kemp (PT). “A data base dos professores é em outubro, mas a antecipação que eles pedem é completamente justa e possível de ser atendida. Estamos aqui fazendo um apelo para que o Governo reveja sua decisão e altere o projeto”, discursou o petista.
“Além disso, a injustiça da desigualdade salarial entre professores efetivos e convocados precisa ser corrigida. Hoje os convocados recebem em torno de 70% a menos”, relatou Kemp.
Os protestos e o apoio de deputados, porém, não impediram que o projeto com reajuste de 5% fosse aprovado hoje com 20 votos favoráveis e apenas dois contrários.
Votaram a favor os deputados petistas Pedro Kemp, Gleice Jane e Zeca do PT; Mara Caseiro, Paulo Corrêa, Zé Teixeira, Jamilson Name, João César Mattogrosso e Lia Nogueira, pela bancada do PSDB; Junior Mochi, Marcio Fernandes e Renato Câmara, do MDB; Coronel David e Neno Razuk, do PL; Lidio Lopes (Patriota); Rinaldo Modesto (Podemos); Londres Machado (PP); Antonio Vaz (Republicanos); Lucas de Lima (PDT); e Roberto Hashioka (União).
Rafael Tavares (PRTB) e João Henrique (PL) foram os únicos contra. “Não posso aceitar ver esse aumento [5%], enquanto há outros comissionados com aumentos de salários de até R$ 42 mil. Cobrem seus parlamentares e o governo para que possamos mudar essa negociação”, discursou Catan.
Uma reunião deverá ocorrer entre a Fetems e o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Arlei Caravina, para negociar as demandas dos profissionais da educação, na tarde desta quarta-feira.