A concentração de bolsonaristas em frente à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada do Exército em Dourados teve confusão com o carro de uma professora petista danificado e “chuva” de boletins de ocorrência com versões diferentes registrados na Polícia Civil.
Pelo menos três denúncias foram registradas na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), tendo os dois lados da história como vítimas e autores.
A confusão começou no sábado (12) quando um Fiesta vermelho com adesivos e bandeiras da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva seguia pela Avenida Guaicurus e teria sido parado pelos manifestantes acampados há duas semanas no local em protesto contra a vitória do petista.
Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro acusam os ocupantes do Fiesta, entre eles uma professora da rede pública de educação, de irem ao local para provocá-los.
Vídeo que circulou nas redes sociais mostra o momento em que os manifestantes arrancam as bandeiras do carro e um homem, com o mastro da bandeira, bate no veículo em movimento.
Também no fim de semana, o promotor João Linhares, da 4ª Promotoria de Justiça em Dourados, mandou ofício à Polícia Militar e à Polícia Militar Rodoviária para que autuem para liberar a rodovia onde está localizada a 4ª Brigada de Cavalaria.
As margens da MS-162 estão ocupadas desde 31 de outubro por cidadãos contrários ao resultado das eleições presidenciais. Entretanto, não há bloqueio para passagem de veículos, que trafegam normalmente.
O pedido de desobstrução baseado em decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que mandou desmobilizar qualquer impedimento à passagem de veículos no país.