A convenção do PSDB oficializou, nesta sexta-feira (5), o ex-secretário de Governo e de Infraestrutura Eduardo Riedel, 53 anos, como candidato do partido ao comando do Parque dos Poderes nas eleições de outubro deste ano. No evento, também foi anunciado que o deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), será o postulante a vice-governador na chapa, que ainda conta com a ex-ministra de Bolsonaro Tereza Cristina, também do PP, como candidata ao Senado.
Antes do evento, porém, Riedel, junto de Tereza Cristina, fez uma peregrinação a convenções de aliados na chapa do PSDB, que começou na noite de quinta-feira (4), com a reunião do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, onde conseguiu uma importante conquista.
O chefe do Planalto participou através de uma ligação em que confirmou apoio a Eduardo Riedel para o Governo do Estado. Algo que o tucano tem buscado a todo custo desde o início da pré-campanha e fez questão de colocar com destaque em suas redes sociais.
Na sequência, foi à convenção do Republicanos, ainda na noite de sexta, partido que chegou a indicar o bispo Marcos Vitor, da Igreja Sara Nossa Terra, para ser vice de Riedel. No entanto, a vaga ficou com Barbosinha, que também esteve com Riedel e Tereza na convenção do PP, na manhã desta sexta, e teve seu nome anunciado como vice durante a convenção do PSDB, no diretório tucano em Campo Grande.
Diferentemente dos principais rivais, como PSD, MDB e PT, que transmitiram suas convenções pela internet com destaque para o discurso de seus candidatos, o PSDB decidiu não prestigiar seus seguidores que não puderam estar presentes em sua celebração com uma transmissão online, algo que virou comum, principalmente durante a pandemia. Até nas redes sociais de Eduardo Riedel o encontro foi ignorado durante sua realização, onde foi dado destaque aos eventos em que havia participado anteriormente.
Desta forma, a celebração que, segundo a assessoria do PSDB, reuniu milhares de correligionários, entre eles mais de 70 prefeitos, cerca de 53 vice-prefeitos, mais de 500 vereadores, além de representantes do Cidadania, PP, PL, Republicanos, PSB, entre outros partidos, ficou restrita aos presentes.
Em seu discurso, acompanhado do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e outros tucanos, Tereza Cristina e Barbosinha, Riedel disse que “Mato Grosso do Sul será o melhor estado do país para trabalharmos e criarmos nossos filhos. Um estado com oportunidades para nossos jovens, para as mulheres, para quem produz, para os indígenas, para todos. Este é um compromisso que assumo”.
Com a missão de defender o legado de Azambuja, que comanda MS desde 2015, o ex-secretário de Governo e de Infraestrutura afirmou: “Vamos governar de mãos dadas com cada sul-mato-grossense, com a juventude, criando condições que viabilizem emprego e renda, sem esquecer da educação e da qualificação profissional. Estamos desenhando um futuro moderno, com oportunidades e infraestrutura que transformem o Mato Grosso do Sul”.
As investigações contra Reinaldo Azambuja – como a feita pela Polícia Federal que levou à deflagração da Operação Vostok em setembro de 2018 e apontou que houve o pagamento de R$ 67,7 milhões em propina e prejuízo de R$ 209,7 milhões aos cofres públicos, além das denúncias pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de chefiar organização criminosa que correm no STJ (Superior Tribunal de Justiça), e outras instâncias do Judiciário – não foram abordados.
Entre as promessas feitas por Eduardo Riedel, está que, a partir de janeiro de 2023, o programa Mais Social, benefício concedido à camada da população mais pobre, passará a ser de R$ 450 mensais por família e que se estenderá por mais 14 meses. E que vai manter a gestão “municipalista”, com apoio às prefeituras do interior: “Vocês não vão ter mais que ficar com o pires na mão, esperando a governadoria. Vou continuar o municipalismo.”