Os oito candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul voltaram a se confrontar nesta segunda-feira (26) em debate promovido pelo site TopMídiaNews e pelo SBT-MS. Na primeira metade do embate, teve destaque a polarização nacional entre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), enquanto corrupção e denúncias durante a campanha foram levantadas através de alfinetadas e provocações entre os postulantes ao comando do Parque dos Poderes.
O embate começou com Eduardo Riedel (PSDB) questionando Adonis Marcos (PSOL) sobre a polarização entre Lula e Bolsonaro e como se pode discutir a democracia e o futuro do Estado diante de tantas divergências. Adonis aproveitou o momento para esclarecer se Bolsonaro apoia Riedel ou Capitão Contar (PRTB) em MS. “Não sei se é o senhor ou Contar que é candidato de Bolsonaro”, afirmou o psolista. “Nós queremos paz, mas do outro lado parece que não é isso que quer”, completou.
O tema permaneceu no enfrentamento entre Adonis e Contar, que ocorreu logo em seguida, com ambos se alfinetando sobre os candidatos à Presidência da República. O psolista tratou sobre a suposta contradição que existe em Contar ter apoio do Avante, enquanto no âmbito nacional o partido apoia Lula. “O senhor não é um capitão melancia, verde por fora e vermelho por dentro?”, brincou Adonis. “E não o incomoda Bolsonaro vir aqui [MS] e carregar o Riedel, enquanto o senhor diz que é bolsonarista ao extremo?”.
Contar apontou a contradição de Adonis ao dizer logo no início do debate que era a favor da paz, mas na sequência o provoca. “Desde sempre defendo Bolsonaro, não apenas em fotografia. E ele já disse que vai ficar neutro aqui no estado”, respondeu.
Até a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff foi lembrada quando Giselle Marques (PT) questionou o ex-governador André Puccinelli (MDB) sobre a doação do governo federal de 350 ônibus escolares, quando o emedebista comandava o estado, e ele trocou os adesivos dos veículos e colocou publicidade de seu governo, o que o levou a ser alvo de denúncia do Ministério Público à Justiça.
André negou a troca dos adesivos e disse que colocou os de seu governo ao lado dos do governo federal. A petista ainda lembrou da doação de cinco aparelhos de radioterapia no tratamento de câncer que não foram usados na gestão Puccinelli. “Chegaram em dezembro do meu último ano de mandato. Tem que perguntar para o governo sucessor ao meu”, respondeu André.