Os bolsonaristas expulsaram os jornalistas de jornais e de emissoras de televisão da manifestação realizada há oito dias na frente do CMO (Comando Militar do Oeste). O último incidente envolveu uma equipe de TV do SBT MS. O Sindijor/MS (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul) e Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) condenaram as “agressões e censura” aos profissionais da comunicação.
De acordo com sindicato, apenas nesta segunda-feira, houve registro de agressões contra profissionais de duas emissoras de televisão, SBT e Band MS, e dois sites, Campo Grande News e TopMídiaNews.
“O Sindjor-MS recebeu, nesta segunda-feira (7), diversos vídeos que mostram repórteres, cinegrafistas e auxiliares recebidos aos gritos, com palavras de baixo calão, ao tentarem fazer a cobertura destes atos”, informou a entidade.
“Uma das equipes relatou ao sindicato que somente conseguiu se aproximar do local mediante ‘escolta’ de manifestantes que chancelaram o trabalho dos jornalistas. Já outra equipe sequer conseguiu adentrar o local, diante do risco à integridade dos profissionais”, lamentou. “Ou seja, o que ocorre é não somente uma tentativa de impedir a imprensa de trabalhar, mas, principalmente, de informar aos cidadãos o que ocorre nestes movimentos”, frisou.
Um dos coordenadores do EndireitaMS, Danilo Assis, negou que tenha ocorrido qualquer tipo de agressão aos jornalistas. “Até o presente momento não presenciamos o ataque a jornalistas, até porque os mesmos estão evitando vir a manifestação e gravar os protestos”, afirmou.
“Como alertei ontem (domingo) ao jornalista Edivaldo do O Jacaré, todo jornalista que quiser comparecer ao ato será bem-vindo, desde que noticie a verdade com fotos e vídeos do local. Ontem foi o dia de maior movimento e poucos repórteres compareceram”, garantiu o advogado.
“Fenaj e Sindjor-MS repudiam agressões e censura aos profissionais de imprensa de MS
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vem a público repudiar veementemente a hostilização e violência contra os profissionais da imprensa local por parte de integrantes dos movimentos golpistas que, reunidos em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande (MS), questionam o resultado das eleições presidenciais de 2022.
O Sindjor-MS recebeu, nesta segunda-feira (7), diversos vídeos que mostram repórteres, cinegrafistas e auxiliares recebidos aos gritos, com palavras de baixo calão, ao tentarem fazer a cobertura deste atos. Os registros em vídeo que, até o momento, foram apresentados ao Sindjor-MS apresentam equipes do SBT MS, TV Guanandi (Band), e dos sites Campo Grande News e TopMídia News sendo hostilizados pelos manifestantes.
Uma das equipes relatou ao sindicato que somente conseguiu se aproximar do local mediante “escolta” de manifestantes que chancelaram o trabalho dos jornalistas. Já outra equipe sequer conseguiu adentrar o local, diante do risco à integridade dos profissionais.
Ou seja, o que ocorre é não somente uma tentativa de impedir a imprensa de trabalhar, mas, principalmente, de informar aos cidadãos o que ocorre nestes movimentos.
O acesso à informação é um dos pilares do estado democrático de direitos, que vem sendo constantemente ferido durante estes atos antidemocráticos organizados por um grupo que questiona a vontade da maioria brasileira, externada nas unas no dia 30 de outubro.
Nos solidarizamos com os profissionais de imprensa hostilizados, e ressaltamos que estamos à disposição para atendê-los, bem como a toda a categoria, com o objetivo de garantir que os profissionais de imprensa possam trabalhar, levar informação à sociedade, e exercer o direito de ir e vir.
Informamos, ainda, que a assessoria jurídica do sindicato está tomando as providências legais contra este tipo de cerceamento, de forma a garantir a integridade dos jornalistas.
Campo Grande – MS, 7 de novembro de 2022.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de MS (Sindjor/MS)
Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)”