A ausência do candidato a prefeito Marçal Filho (PSDB) no debate deste sábado (14) na Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados) foi alvo de crítica dos adversários presentes ao evento.
“Quem quer ser prefeito não pode ter medo do povo e de debate”, afirmou Tiago Botelho (PT).
“Candidato que tenha respeito pelo povo tem que estar em debate”, afirmou Racib Harb.
O prefeito e candidato à reeleição Alan Guedes (PP) foi o mais incisivo nas críticas. “Quem quer ser prefeito da maior cidade do interior não pode deixar de debater, dialogar e principalmente no momento eleitoral. Se no momento eleitoral faz isso, imagina na gestão. Candidato que falta desrespeita a sociedade e as entidades que organizam o debate”.
Bela Barros (PDT), Beto Teles (PSol/Rede) e Valderi Garcia (PCO) não se manifestaram sobre a ausência do candidato do PSDB.
A primeira rodada de perguntas abordou a ideia de cada candidato sobre reforma administrativa na prefeitura.
“Não contem comigo para tirar direito de servidor público, não contem comigo para terceirização. Não farei reforma administrativa, que é retirada de direito”, disse Tiago.
“Vamos mandar todos embora. Não haverá cargo comissionado, nem cargo de confiança na prefeitura. Serei o prefeito que cortarei o meu próprio salário e desafio meus concorrentes a cortar o próprio salário. O prefeito não precisa ganhar 26 mil, eu vivo com 5. Temos que enxugar a máquina, de 23 secretarias para 12”, disse Beto Teles.
“Reforma administrativa só se for para melhorar a vida do trabalhador e do servidor, melhorar a vida do povo, da base, povo que luta e que sofre, daquela mãe que não tem onde deixar o filho para poder trabalhar. Se for para melhorar a vida do trabalhador, do indígena, do negro, eu concordo. E se for para mexer com o privilégio dos banqueiros”, disse Valderi.
Racib Harb defendeu corte de cargos de comissionados. “Cargos meramente políticos”, afirmou. Ele disse que, se eleito, vai propor plano de demissão voluntária a ser discutido com servidores.