Policias do SIG fizeram a prisão dos suspeitos na noite de terça-feira
Polícias do SIG do 1º DP e 2º DP de Dourados, prenderam na noite de terça-feira (1º), os acusados no envolvimento na morte de Anderson Barbosa Martins, 43 anos, conhecido como “Tanajura”, que foi morto na noite de segunda-feira (31), na quitinete que morava com a esposa e o filho de oito anos na Rua Manoel Rasselem, Jardim Rasslem, em Dourados.
Logo após o crime, os policias já começaram as investigações de câmeras de monitoramento na região para identificar o veículo usado no crime. Os policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais), conseguira a imagem de um veículo VW Gol e diante disso fizeram os levantamentos e chegaram até João Lucas dias dos Santos, morador no Deoclécio Artuzzi e que seria o motorista do veículo que levou os executores até o local do crime.
João Lucas ao perceber a chegada da polícia, correu e teria jogado alguma coisa no banheiro, que foi percebido na hora pelos policiais que solicitaram a verificação no local, o qual foi permitida pelo João Lucas, onde forma localizados 51 “paradinhas” de cocaína e uma porção grande de 30g.
Perguntado sobre a participação no homicídio o mesmo começou a entrar em contradição, diante disso João Lucas acabou confessando que realmente participou do crime, mas apenas como o motorista do veículo, disse ainda que pegou o veículo já com a chave no contato no final do bairro Deoclécio Artuzzi e que todo o plano teria sido arquitetado por Eduardo Josias Monteiro da Silva, este seria a pessoa que fez o levantamento do local e a logística para o crime.
Ainda conforme João Lucas, o crime seria cometido no último sábado (31), porém como havia vazado a informação do homicídio não foi concretizado o crime naquele dia.
O PCC então diante do vazamento da informação contratou a pessoa de Janderson Vilharva para executar o crime, já que ele seria uma liderança da facção na reserva indígena de Dourados, além de Victor César Gonçalves, morador na rua Uirapuru, BNH 4º Plano.
Em depoimento, João Lucas disse que na noite do crime buscou Janderson nas proximidades da rotatória da “Planacon”, entrada da reserva indígena, em seguida Victor César no 4º Plano e que Eduardo Josias, conhecido como “Gago” deu apoio e levou as armas que foram passadas para Janderson e Vitor no momento do crime.
João Lucas ainda disse ainda, que ao chegar no local do homicídio os dois foram até a quitinete onde morava "Tanajura" e o executaram, disse ainda que toda ação foi acompanhada pelos “irmãos do PCC” que estavam "na linha", se referindo a estarem no telefone ouvindo a execução.
Ainda durante a investigação, os policiais chegaram até uma outra residência no Deoclécio Artuzzi, aonde seria um “ponto de apoio” do PCC, que seria a residência de Regina Gonçalves, conhecida como “Loira”. Porem ela não foi encontrada no local, vizinhos disseram aos policias que ela havia saído com várias malas, com os filhos e a pessoa de "Gago".
Diante disso uma equipe da polícia civil se deslocou até a rodoviária, onde fizeram a prisão de Regina Gonçalves, que estava tentando fugir em um ônibus para Campo Grande
A equipe que ficou na residência, encontraram enterrado em um local aos fundos, dois revólveres calibrem 38, que seriam as armas utilizadas no homicídio.
Já Regina Gonçalves, disse que não teria responsabilidade nenhuma pelo crime, apontando Ana Valeria dos Santos, conhecida como “Guerreira”, e que seria moradora no Jardim Guaicurus, como sendo a pessoa que organizou o crime fora do presidio, já que após a execução ela seria “Batizada” no PCC.
Anderson foi morto com sete tiros, de acordo com a mulher da vítima, ela estava dentro da quitinete juntamente com o filho do casal e Anderson estava na parte de fora preparando um bife na chapa, quando ela ouviu os disparos e se escondeu dentro do banheiro com o filho.
Ao sair para ver o que tinha acontecido, já encontro o marido morto, caído na porta da quitinete.
“Tanajura” já tinha várias passagens pela polícia por tráfico de drogas, furto e tentativa de homicídio.
Ainda conforme a investigação, o crime foi motivado por vingança em relação a morte de Edson de Souza Alencar, o "Edinho Cadeirante", ocorrido no dia 10 de julho deste ano, em um bar na Avenida Hayel Bon Faker.