Corpo de Indígena de 20 anos foi mutilado e órgãos arrancados
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul descartou tráfico de órgãos no caso do assassinato de Ezequiel Sanauria Pires, indígena de 20 anos, encontrado decapitado na manhã de domingo (27) numa estrada vicinal na linha internacional em Paranhos e o Paraguai.
A vítima apresentava sinais de tortura, teve órgãos retirados e foi encontrada com um machado cravado na testa. O corpo estava separado da cabeça e apresentava múltiplos ferimentos, com o tórax aberto e costelas fraturadas. A perícia foi acionada e confirmou que Ezequiel foi submetido a agressões severas antes da morte. O corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Amambai.
As investigações seguem com base nas versões apresentadas por testemunhas e por um suspeito, sem nome divulgado, que foi ouvido e liberado. Segundo a Polícia Civil, não há, até o momento, elementos suficientes que permitam responsabilizá-lo formalmente pelo crime. Ninguém foi preso ou indiciado.
Apesar da brutalidade do assassinato, a polícia descartou a hipótese de tráfico de órgãos, levantada após as características do corpo da vítima. Por outro lado, os investigadores apuram se o homicídio tem relação com outros assassinatos ocorridos na região, com o mesmo modus operandi.
O caso está registrado como homicídio qualificado por tortura ou outro meio insidioso. A Polícia Civil reforça que segue com diligências ininterruptas na busca por respostas sobre a autoria e motivação do crime.