Acusados de extorquir contrabandistas, cinco sargentos e dois cabos são investigados no âmbito da Operação Dia Bom, deflagrada no dia 13 deste mês pela Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul completam nesta quinta-feira (20) uma semana de prisão.
De acordo com o site Campo Grande News, estão presos os sargentos José Miguel Calixto Bastos, Renato Pereira, José Cláudio Lourenço, Aretuza Osti de Oliveira e Leandro Tibúrcio de Lima; e os cabos Diego do Amaral e Heitor Henrique Costa Balbino. Até agora, apenas Heitor Henrique entrou com pedido de liberdade.
A prisão dos PMs esvaziou a base operacional na rodovia que liga Nova Andradina a Batayporã e à barragem de Porto Primavera, no Rio Paraná. A rodovia é rota do contrabando que sai do Paraguai com destino a São Paulo. Dos policiais designados para cumprir escala no posto, apenas três (duas mulheres e um homem) não foram presos.
O caso está em sigilo, mas a reportagem apurou que os policiais começaram a ser investigados após denúncia sobre o esquema de propina paga por “sacoleiros”.
A movimentação financeira dos PMs chamou atenção. Fonte ligada à segurança pública revela que policial com salário de R$ 4.400 chegou a receber “pagamentos” acima de R$ 24 mil. As transferências via Pix eram feitas principalmente por empresas ligadas a transporte de cargas. Nas contas deles constam “transações atípicas de créditos” que superam as médias de recebimento com proventos da PMMS.
A operação – Os sete policiais foram presos preventivamente por ordem da Justiça Militar acusados de facilitar a entrada de produtos contrabandeados do Paraguai por meio das rodovias estaduais que cortam Mato Grosso do Sul.
A assessoria da PM informou que o Inquérito Policial Militar – instaurado para investigar a atuação da organização criminosa da qual fariam parte os policiais presos no dia 13 – está em segredo de justiça e por isso não seria possível divulgar mais informações sobre o caso.