A Polícia Federal deflagrou outra operação contra organização criminosa responsável por invadir, ocupar e vender terras públicas de propriedade da União em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.
Denominada de “Res Publica” (coisa do povo, em latim), a ação é desdobramento da Operação Bárbaros, deflagrada no dia 7 de março do ano passado. Naquele dia, o ex-vereador Ademir César Mattoso, o vereador Raphael Modesto Carvalho Rojas (PSDB) e pelo menos três assessores parlamentares foram alvos de mandados de busca expedidos pela Justiça Federal.
Buscas foram feitas inclusive no gabinete de Raphael Modesto, na sede da Câmara. Ele foi afastado das funções públicas por 180 dias. César Mattoso foi preso em flagrante acusado de fraude processual, desobediência e comunicação falsa de crime.
Sete meses depois, no entanto, o Ministério Público Federal pediu o arquivamento do processo "em decorrência da inexistência de justa causa para o oferecimento da denúncia". O juiz federal Ricardo Duarte Ferreira Figueira determinou o arquivamento do inquérito policial.
Entretanto, as investigações sobre a grilagem de áreas públicas continuaram e mostraram que os investigados promoviam invasão de terras da União, praticando também outros crimes como corrupção, falsidade ideológica e estelionato.
Hoje, 32 policiais federais saíram às ruas de Ponta Porã para cumprir sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares como o afastamento das atividades de um servidor público. A reportagem apurou que os alvos dos mandados de prisão não foram localizados. A PF também não informou as identidades desses investigados.