Desencadeada nesta terça-feira (25) em Dourados, a operação que investiga suspeita de venda ilegal de fuzis até para o crime organizado terminou com a apreensão de 33 armas – 28 fuzis calibre 5,56, duas pistolas 9mm, uma submetralhadora 9mm, uma espingarda calibre 357, uma espingarda calibre 12 e diversos carregadores.
A ação é coordenada pelo Dracco (Departamento de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e teve apoio de policiais civis de Campo Grande e de Ivinhema, de equipe da Polícia Federal e da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda).
Em Dourados, foram cumpridos sete mandados – na empresa Federal Armas e em endereços ligados ao dono da loja, Claudinei Tolentino Marques. Um mandado foi cumprido em Ivinhema. Ninguém foi preso. As armas apreendidas e levadas para a Defron (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira) estava na empresa, localizada na Avenida Hayel Bon Faker, na saída para Ponta Porã.
Segundo a polícia, armas importadas legalmente pela empresa estariam sendo comercializadas sem adotar preceitos da lei e pararam até nas mãos do crime organizado. Um fuzil 5,56, duas pistolas e um revólver vendidos pela Federal Armas foram apreendidos, em junho deste ano, com um traficante de drogas condenado a 24 anos de reclusão e foragido da Justiça do Paraná. Ele foi preso em Balneário Camboriú (SC).
Conforme o Dracco, a loja de Dourados teria mantido a comercialização de armas de calibre restrito mesmo após a proibição da venda de fuzil, adotada em setembro de 2022. Armas também teriam sido vendidas por valores extremamente baixos, indicando sonegação fiscal. O empresário ainda não se manifestou sobre a operação.