A operação 'Paraíso Marcado', realizada em 2023 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), resultou na condenação de um narcotraficante reincidente que atuava na região de Bonito, um dos municípios mais conhecidos fora do estado por conta das suas belezas naturais.
A sentença, proferida em 17 de fevereiro de 2025, impôs ao chefe do grupo uma pena de 27 anos de reclusão e 1.796 dias-multa, totalizando aproximadamente R$ 90,8 mil.
Com as provas angariadas pelo Gaeco, a condenação do chefe do grupo criminoso foi por organização criminosa, tráfico de drogas – por dois fatos, um ocorrido em 2017 e outro em 2022 – além de concurso material de delitos.
Ele é irmão de um homem apontado como traficante de peso nos anos 1990, e que foi assassinado no meio da rua, em Amambai, no ano de 2008.
Após a morte, o irmão mais novo teria assumido o espólio e, nos últimos anos, migrado para Bonito.
Nas duas ocorrências de narcotráfico, o grupo que comandava foi responsabilizado pela posse de quase 3,5 toneladas de droga, entre maconha e cocaína.
Outros três membros da organização criminosa foram condenados às seguintes penas: 24 anos e 6 meses de reclusão; 14 anos de reclusão; e 5 anos de reclusão..
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Quebra de sigilos telemáticos descortinou diálogos que comprovaram as ações ilegais da organização criminosa, incluindo a existência de um grupo de mensagens instantâneas onde ordens eram dadas aos criminosos.
Havia, também, apoio de policiais militares, conforme descobriu a investigação do Ministério Público. Em setembro de 2024, quatro foram condenados por dar apoio à organização criminosa.
A denúncia inicial envolve 14 réus, entre eles um ex-vereador de Bonito.
Os outros envolvidos tiveram o processo desmembrado, com a decisão do magistrado responsável de sentenciar os três que estão presos e um que está foragido.