Andreia Duarte, de 43 anos, que matou o marido, Sady Alves Cardoso Calisto, de 54 anos, com faca de serra, disse em depoimento à polícia que por qualquer discussão o companheiro puxava o revólver e dizia que iria matá-la. Ela foi presa em flagrante e deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (10). O crime aconteceu na noite de segunda-feira (7), em Amambai.
Segundo Andreia, que tem dois filhos de 10 e 16 anos, vivia com Sady há 6 meses e ele tinha o hábito de beber e ameaçá-la com revólver, que carregava sempre consigo. No dia do crime, os dois beberam e Sady disse que iria embora e queria terminar o relacionamento. Andreia, então, foi atrás dele e quando chegou na residência onde a vítima estava, o encontrou jantando. Ele perguntou: “por que você veio atrás de mim?”. Andreia respondeu que “queria conversar sobre o término”.
Alterado, conforme depoimento de Andreia, Sady sacou o revólver e disparou duas vezes em sua direção, mas errou. Ela, então, afirmou não ter medo de arma e houve mais dois disparos. Na sequência, Andreia pegou uma faca de serra, que estava no prato da vítima, e chamou Sady para ir novamente para cima dela “se ele fosse homem”.
Sady foi para cima da mulher e acabou ferido no tórax pelo golpe de faca. Ele segurou o ferimento, saiu andando, mas caiu em seguida. Ainda conforme a mulher, o namorado era muito ciumento, controlador e não a deixava sair sozinha na rua. Por causa do ciúmes, os dois brigavam sempre.
Caso - No dia do crime, Sady chegou em casa com bebidas alcoólicas e tomou junto com a esposa. Na sequência, ele foi até uma chácara pertencente ao pai, onde ficou. Andreia chegou à noite no local e encontrou Sady na cozinha comendo, momento em que começou uma discussão, segundo o delegado Guilherme Andrade.
Ele afirmava que havia sido traído e mataria Andreia, momento em que a mulher pegou uma faca em cima da mesa. A vítima sacou um revólver e disparou contra a esposa, mas errou. Na sequência, ela desferiu um golpe de faca no tórax de Sady, que morreu no local. O homem chegou a chamar pelo pai, que estava no quarto da casa, mas quando o idoso chegou na cozinha, Sady Alves já estava morto.