O Ministério Público de Mato Grosso do Sul deflagrou na manhã desta terça-feira (10) a “Operação Apagão”. A ação cumpriu dois mandados de busca e apreensão, sendo um em Corumbá e outro em Campo Grande. A ação ocorreu por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Corumbá e da Unidade de Apoio à Investigação do Centro de Inteligência, com a colaboração da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Durante as diligências, o principal alvo da investigação foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo e receptação qualificada.
No total, foram apreendidas três armas de fogo — uma pistola calibre 9mm, um revólver calibre 32 e um revólver calibre 22 — além de 260 munições de diversos calibres. Também foram localizados e apreendidos equipamentos de energia de origem ilícita, incluindo três inversores, cinco controladores de carga, quatro baterias e quatro placas de metal, além de documentos relevantes para a investigação.
A investigação teve início após a apuração de furtos de equipamentos da concessionária de energia que atende à região do Alto Pantanal, no âmbito do projeto “Ilumina Pantanal”. O trabalho investigativo do MPMS identificou uma empresa, situada em Corumbá, que estaria revendendo esses materiais, muitos deles de alto valor e importados.
O esquema criminoso causou prejuízos significativos não apenas à concessionária de energia, mas principalmente aos moradores de diversas localidades da região pantaneira, que sofreram com interrupções e falhas no fornecimento de energia elétrica em decorrência da subtração dos equipamentos.
O nome da operação faz alusão direta aos danos causados pela atividade criminosa, cujas ações resultavam em interrupções no fornecimento de energia (apagões) para a população local, que estava sendo atendida pelo projeto, evidenciando o grave impacto social dos delitos investigados.