Mulher de 27 anos de idade registrou boletim de ocorrência nesta quarta-feira (9) na DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher) em Dourados acusando dos policiais militares de estupro. Segundo a denúncia, o crime teria ocorrido na noite de domingo (5), no distrito de Itahum. Ainda conforme a ocorrência, ela teve a casa invadida por pelos PMs e levada até a MS-270, onde teria sido estuprada.
A mulher contou que estava comemorando o aniversário do filho em um bar do distrito, acompanhada de familiares e amigos. Um deles pediu dinheiro emprestado para pagar a conta, o que resultou em discussão do marido dela com esse amigo.
A mulher explicou na delegacia que, ao chegar em casa, o marido dela percebeu que havia pegado o aparelho celular errado e voltou ao bar para desfazer a troca. Nesse momento, dois PMs numa viatura chegaram à residência dizendo que havia denúncia contra ela.
Sem mandado autorizado pela Justiça e sem consentimento da moradora, os policiais militares teriam vasculhado o imóvel alegando que ela seria presa em flagrante. Quando perguntava o motivo, a moradora era silenciada com uso de palavrões. A vítima disse que foi levada ao camburão vestindo apenas roupas íntimas e sem pegar seus documentos pessoais. Os PMs teriam dito que a levariam à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) em Dourados, a 64 km de Itahum.
Segundo relato da mulher, logo que deixaram a casa supostamente rumo a Dourados, um dos policiais a retirou da viatura, a segurou pelo braço, abaixou sua calcinha na tentativa de penetração no acostamento da rodovia. A vítima contou que se debatia o tempo todo.
No momento do estupro, um dos amigos que estavam no bar passou pelo local e questionou os policiais sobre a viatura parada ali. Os PMs teriam informado que a mulher estava resistindo à prisão. Com a presença dos amigos dela, os policiais levaram a vítima de volta até a sua residência.
O comando da 9ª Companhia Independente da PM, responsável pela área de Itahum, informou que ainda não foi comunicado sobre os. "Até o momento não fomos procurados por nenhuma instituição ou pessoa. Caso haja o comunicado, será devidamente apurado mediante Inquérito Policial Militar e encaminhado ao MPE (Ministério Público Estadual)", afirmou o major Melo, na noite desta quarta.