Homem de 39 anos de idade foi preso nesta sexta-feira (22) em Ponta Porã, acusado de vender drogas na chamada “dark web”, parte da internet invisível nos sistemas de busca e que permite aos internautas esconder sua identidade e localização. O mecanismo é muito usado pelo crime organizado.
A prisão foi feita por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia, em apoio à Polícia Civil do Pará, onde as investigações estão concentradas. Em Mato Grosso do Sul, o trabalho investigativo teve apoio também do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público.
Natural do Pará, o homem morava há alguns anos na cidade da fronteira com o Paraguai, onde sua esposa estuda medicina. De Ponta Porã, ele enviava ecstasy e outras drogas através dos Correios e recebia o pagamento em criptomoedas.
Além do morador de Ponta Porã, outro envolvido, residente em Botucatu (SP), foi preso hoje durante a Operação Abissal 2. Na casa dele, os policiais encontraram maconha e ecstasy, droga sintética responsável por aumentar o estado de euforia e sensação de prazer. Os efeitos podem durar entre 4 e 8 horas.
A investigação descobriu que os criminosos comercializavam vários tipos de drogas e recebiam em criptomoedas, para impedir o rastreamento do dinheiro.
Além de Ponta Porã e Botucatu, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mogi Guaçu e São Bernardo do Campo, todas no estado de São Paulo. A ação teve apoio do Ciberlab (Laboratório de Operações Cibernéticas), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.