O juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal, decretou a prisão preventiva de quatro homens ligados às 16 toneladas de maconha apreendidas terça-feira (7) em Dourados. Em audiência de custódia, ontem à tarde, o juiz homologou o flagrante e entendeu que existem motivos suficientes para manter a segregação cautelar.
Com a decisão, o caminhoneiro carioca Fábio de Souza Oliveira, 50, o caseiro Paulo Henrique Vaz Pereira da Silva, 27, e os irmãos paraguaios Maicon Nicolas Portillo Agusti, 21, e Miller Portillo Agusti, 22, serão levados para o sistema penitenciário.
A carga de maconha estava escondida em caminhão de melancia, parado por policiais rodoviários federais na BR-163, distrito de Vila Vargas, na madrugada de terça. Fabio de Souza Oliveira viajava na companhia do filho, mas livrou o rapaz dizendo que ele não sabia do tráfico. A polícia acredita que o carregamento pertencia à facção carioca Comando Vermelho.
A droga tinha saído de um sítio na Linha do Potreirito, onde os policiais encontraram mais maconha enterrada, uma escopeta calibre 12 e prenderam o caseiro e os dois irmãos paraguaios. Segundo a polícia, a propriedade era usada para armazenar a maconha trazida do Paraguai, depois despachada para São Paulo e Rio de Janeiro.
Além dos quatro presos em flagrante, a mulher do caseiro e o filho do caminhoneiro também foram detidos, mas liberados após depoimento na Polícia Civil. A polícia ainda procura outro homem que estava no sítio e correu para o mato quando a PRF chegou ao local. Durante a fuga, ele atirou na direção dos policiais, mas ninguém foi ferido.
Em depoimento, os irmãos Agusti negaram envolvimento com a droga e disseram que estavam no sítio apenas para construir um muro, pois trabalham como pedreiros. O caseiro deu outra versão, confirmou que o sítio era usado como entreposto do tráfico e que os irmãos vieram de Capitán Bado para ajudar a despachar a carga. (Crédito: Campo Grande News)