Uma das mulheres identificadas pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul após cometer furtos em shoppings de várias cidades do país mediante uso de dispositivo eletrônico que copiava a frequência das portas das lojas, foi presa anteontem (28) em São Paulo, pela 2ª Delegacia de Capturas da capital paulista.
Conforme informação da Polícia Civil de São Paulo prestada à Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), J.Y.S.S. foi localizada em via pública do Itaim Paulista. Ela não teria oferecido resistência.
J.Y.S.S. foi encaminhada à 50º DP no Itaim Paulista, onde foram cumpridos dois mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário de Mato Grosso Sul, sendo um da Capital de MS e outro de Dourados, cidades onde as mulheres cometeram três furtos nos meses de junho e julho de 2023, causando prejuízo de mais de R$ 200 mil aos lojistas.
A transferência da indiciada deverá ser decidida entre os Poderes judiciários dos dois estados, caso seja vislumbrada a necessidade pelo juiz criminal, tendo em vista que ela já foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
Relembre o caso
Nos dias 16 e 17 de junho de 2023, uma loja de óculos do Shopping Campo Grande e outra de celulares do Shopping Norte Sul foram furtadas logo após fecharam ao fim do dia. Conforme as imagens de monitoramento das lojas e dos shoppings, pelo menos quatro mulheres, de modo dissimulado, acompanharam o momento do fechamento das portas eletrônicas das lojas, quando capturaram o sinal do controle remoto utilizando um dispositivo eletrônico de decodificação de sinal.
Na sequência, abriram as portas das lojas para que duas delas entrassem e, em seguida, fecharam novamente. As que entraram subtraíram o máximo de produtos expostos, colocando-os em uma bolsa, enquanto as outras, de fora, observavam o fluxo dos seguranças passando informações por telefone às comparsas que estavam no interior do comércio. Por fim, abriram as portas com o mesmo dispositivo e deixaram os shoppings.
Em posse das imagens das câmeras de segurança, reconhecimento por testemunhas e outros mecanismos de investigações específicos, a Derf identificou parte do grupo criminoso possibilitando a representação pela prisão preventiva delas. Após parecer favorável do Ministério Público, o pedido foi deferido pelo Poder Judiciário. O outro mandado de prisão foi expedido pela Vara Criminal de Dourados após representação da 2ª Delegacia do município. As autoras também são investigadas em outros estados da federação, onde cometeram crimes semelhantes.