Polícia entendeu que mulher de 22 anos não teve participação ativa no crime
Dos quatro detidos ontem (30) pelo assassinato e ocultação do cadáver do indígena Alonço Cabreira, 89, três continuam presos e uma das filhas foi liberada pela polícia. A mulher de 22 anos foi ouvida como testemunha e no final da tarde deixou a delegacia.
O crime ocorreu na Aldeia Bororó, em Dourados. O corpo de Alonço foi jogado numa antiga pedreira da aldeia, mesmo local onde a filha caçula dele, de 11 anos, foi estuprada por cinco homens e assassinada, em agosto do ano passado.
Alonço foi morto a golpes de faca na segunda-feira (28) e o corpo localizado dois dias depois por crianças que passavam pela pedreira. Segundo a Polícia Civil, ele foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte).
Seguem presos o filho do idoso, Miguelito Ortiz Cabreira, 22, a filha Michelle Cabreira Ortiz, 25, e o namorado dela, Roger Amarília Snarde, 19, o “Paloma”, apontado como o autor dos golpes de faca.
Segundo o delegado Erasmo Cubas, do SIG (Setor de Investigações Gerais, a outra filha, apesar de estar na cena do crime, não teve participação ativa na morte do pai.
Ela teria presenciado o assassinato, mas estava completamente bêbada e não conseguiu impedir os irmãos e o cunhado de matarem o idoso para ficar com o dinheiro dele. Menos de R$ 800 foram roubados, para comprar cachaça.
Miguelito, Michelle e Roger foram autuados em flagrante por ocultação de cadáver e indiciados por latrocínio. Eles estão recolhidos em celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e depois de passar por audiência de custódia serão levados para o sistema penitenciário.
Segundo a investigação policial, na sexta-feira, Alonço fez empréstimo bancário de pelo menos R$ 4 mil. Ele, os filhos e o genro passaram o fim de semana consumindo bebida alcoólica.
Quando a bebida acabou, os jovens pediram para o idoso comprar mais pinga. Como Alonço negou o dinheiro, foi agredido e esfaqueado. Os dois filhos e o genro arrastaram a vítima até a pedreira e corpo do penhasco. Depois tentaram esconder o cadáver com vegetação.
Crédito: Campo Grande News