Dois homens são presos como suspeitos de assassinato na fronteira

Dois homens, de 22 e 24 anos, foram presos na noite desta segunda-feira (24) como suspeitos pelo assassinato de Bruno Pacheco Ferreira, 41, ocorrido na manhã de ontem na área central de Ponta Porã. Bruno foi morto a tiros de pistola logo após deixar uma loja de ferramentas, localizada no cruzamento das ruas Marechal Floriano e Maracaju.

Ele colocava um pacote no banco traseiro de seu carro, um Gol branco, quando foi alvejado pelas costas. A mulher dele e o filho pequeno do casal estavam no banco dianteiro e presenciaram a execução.

De acordo com o site Campo Grande News, os dois suspeitos vieram de Maringá (PR) exclusivamente para matar Bruno Ferreira. O mandante do crime seria de Ponta Porã, mas ainda não foi identificado. Os dois paranaenses foram presos quando fugiam em carro de aplicativo para Dourados, onde pretendiam pegar ônibus para voltar ao Paraná.

A dupla nega envolvimento no crime, mas a Polícia Civil tem fortes indícios da participação deles na execução. Além de imagens de câmeras de segurança, testemunhas reconheceram os dois homens como o autor dos tiros e o motorista da Fiat Strada branca usada no assassinato.

Eles também foram vistos deixando o terreno baldio onde a picape foi incendiada, no Bairro Maria Victoria, em Pedro Juan Caballero, no lado paraguaio da fronteira. A picape tinha placas de Aral Moreira (MS). O proprietário alegou que havia vendido o veículo há cerca de um mês.

Além do mandante, investigadores da Polícia Civil apuram a participação de outros moradores de Ponta Porã que teriam auxiliado no crime. “Os dois vieram do Paraná só para cometer o crime, um chegou na terça-feira [18] e o outro na sexta-feira [21] e estavam indo embora quando foram interceptados na rodovia”, informou ao Campo Grande News um policial à frente das investigações.

Segundo o investigador, depoimentos e imagens de câmeras colocam os dois na posse da Fiat Strada, na cena do crime e no local onde a Strada foi incendiada.

Mesmo diante dessas evidências, eles negam participação no crime, mas foram autuados em flagrante por homicídio qualificado. Os celulares deles foram apreendidos para serem periciados. A Polícia Civil também pediu a prisão preventiva da dupla. Os nomes não foram revelados.

O crime

Bruno foi morto por pistoleiro quando pegava algum objeto no banco traseiro de seu carro. Os tiros foram disparados a poucos centímetros da mulher e da criança, mas elas não foram feridas.

Usando casaco preto com capuz e máscara, o homem desceu de uma picape Fiat Strada conduzida por outra pessoa, correu até o Gol e à traição disparou vários tiros. Bruno morreu no ato. O matador entrou no carro e fugiu. Minutos depois, o veículo foi encontrado em chamas, em Pedro Juan Caballero. A Polícia Civil ainda apura a motivação do crime.