Investigadores da PC (Polícia Civil) elucidaram o triplo homicídio ocorrido na área de retomada indígena Avaité Mirim, localizada aos fundos da Aldeia Bororó, em Dourados. Os detalhes do caso que vitimou Fabiana Benites Amarilha, de 36 anos, a sua filha de apenas um ano, Mariana Amarilha Paula, e a idosa Líria Isnarde Batista, foram repassados à imprensa na noite desta segunda-feira (31/3), em coletiva de imprensa.
Conforme noticiado pela manhã, equipes policiais foram acionadas após a localização de três corpos carbonizados dentro de uma residência incendiada. Com a chegada das polícias Civil e Militar, e ainda da Perícia Técnica, testemunhas relataram ter visto uma pessoa saindo da residência instantes antes do incêndio.
Durante as apurações, os investigadores identificaram Oragilda Batista Fernandes, de 29 anos, com queimaduras recentes, compatíveis com o período do crime. O exame pericial confirmou os ferimentos e reforçou os indícios de sua participação. Além disso, ela estava em visível estado de embriaguez.
A investigação revelou que Oragilda, Fabiana e Líria consumiam bebida alcoólica, quando em um determinado momento, ocorreu uma discussão e a indígena atacou a idosa com um pedaço de concreto, asfixiou a criança de um ano e, em seguida, ateou fogo na casa com um líquido inflamável, enquanto a terceira vítima dormia no interior do imóvel.
A autora foi atingida por labaredas, sofrendo ferimentos.
Com base nas provas técnicas e testemunhais, Oragilda foi presa em flagrante pelo crime de triplo homicídio qualificado pelo meio cruel. As investigações também descartaram a participação de outras pessoas no crime, bem como qualquer motivação relacionada a direitos indígenas.