Uma colheitadeira de grãos da marca Case acoplada a uma plataforma de corte flexível para grãos, comprada de um produtor rural de Jardim por R$ 1 milhão, foi paga com cheques sem fundos.
A máquina foi apreendida hoje (3) em uma fazenda em Culturama, distrito que faz parte do município de Fátima do Sul. A apreensão ocorreu durante Alvo da Operação Plaga, deflagrada pela Polícia Civil e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).
A operação investiga quadrilha acusada de aplicar golpes em produtores rurais de Mato Grosso do Sul e outros estados brasileiros. Maquinários agrícolas eram comprados com cheques sem fundos e revendidos para outras pessoas. O grupo é investigado também por receptação de equipamentos furtados.
Seis mandados foram cumpridos hoje em Dourados, Fátima do Sul e Naviraí. Além dessa colheitadeira Case, outras duas foram apreendidas em Dourados e Naviraí.
A colheitadeira vermelha, da marca Case, foi comprada no dia 17 de janeiro deste ano em Jardim por Rubens Fernando Alves, 32, o “Rubinho”, um dos alvos dos mandados cumpridos hoje. Ele mora em Naviraí, onde não foi localizado pela polícia, mas deve se apresentar.
Produtor rural de 49 anos de idade, o proprietário da máquina só registrou o boletim de ocorrência no dia 19 de outubro, nove meses após a vender o equipamento. A ocorrência foi registrada em Naviraí.
Segundo ele, para pagar a colheitadeira, Rubens Alves entregou quatro cheques pré-datados, sendo o primeiro para 30 de abril de 2022. Mas o cheque foi devolvido por falta de fundos e foi mandado para protesto em cartório.
Após receber a notificação extrajudicial, Rubens Alves, teria se negado a fazer acordo com a vítima. Segundo o antigo dono da colheitadeira, o maquinário não estava mais com Rubinho, pois tinha sido vendido a terceiros.
Segundo a polícia, a colheitadeira foi repassada para o empresário douradense Wanderley Esquível da Silva e vendida por ele para um morador de Fátima do Sul.
Esse comprador de Fátima do Sul é primo do dono da propriedade onde o maquinário foi apreendido hoje. Um contrato de compra e venda do maquinário, tendo Wanderley como vendedor, foi apreendido durante as buscas de hoje.
Wanderley não era alvo de mandado de prisão, mas foi preso em flagrante por porte ilegal de arma porque estava com um revólver calibre 38. Ele pagou fiança e foi liberado.
Alex Bastos, dono do lava-rápido localizado na margem da BR-163, em Dourados, onde foi apreendida uma das colheitadeiras de procedência criminosa, foi autuado em flagrante por receptação e por posse ilegal de munições e continua recolhido. Como os crimes superam quatro anos de reclusão, não houve fiança.