A cocaína preta tem sido utilizada como a mais nova estratégia de traficantes, pois não possui cheiro e consegue passar quase que forma despercebida por cães de faro e equipamentos de raio-x, além de, muitas vezes, escapar de testes químicos de identificação por coloração.
Dando continuidade à Operação Fronteira RFB, a Receita Federal em Corumbá (no Posto Esdras), descobriu a cocaína preta no carro que tinha sido apreendido pela Marinha por conter mercadorias e partes de peças de automóveis importados de forma irregular.
O que começou como um caso típico de contrabando tomou rumo surpreendente quando auditores-fiscais e analistas tributários notaram modificações incomuns no para-choque usado em caminhonete Toyota Hilux.
Na investigação, os agentes encontraram a substância com características fortes que apontam para a cocaína preta. A droga era transportada por um casal jovem de bolivianos, que viajava para São Paulo.
Foram apreendidos quatro quilos da substância, com valor estimado em R$ 230 mil por quilo. O prejuízo ao tráfico chega a R$ 920 mil.
A substância foi enviada para análise pela Polícia Federal e, embora aguarde confirmação oficial, especialistas já consideram o caso consistente com o padrão já observado em situações semelhantes.
Este não é o primeiro incidente desse tipo. Em um evento semelhante em 2015, na fronteira com a Bolívia, a Receita Federal em Corumbá também descobriu cocaína preta escondida em duas maletas de notebook programadas para serem enviadas para a Espanha.
A cocaína preta é uma forma particularmente potente da droga, o que a torna ainda mais perigosa para os usuários. Sua pureza e potência podem levar a efeitos devastadores na saúde, incluindo overdose e danos irreparáveis ao sistema cardiovascular e ao cérebro.