Cinco bandidos participaram da execução de traficante em Dourados

Ao menos cinco bandidos participaram do plano para assassinar o traficante Eliston Aparecido Pereira da Silva, 51, morto com 13 tiros de pistolas 9 milímetros na manhã de sexta-feira (16) no Jardim Santa Fé, em Dourados. Dois foram presos sábado (17) em São Paulo (SP) e três – dois paraguaios e um brasileiro – estão sendo procurados pela polícia.

Na manhã desta segunda-feira, durante entrevista coletiva, o delegado Erasmo Cubas, do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia, disse que os três criminosos já estão identificados. Um deles estava na cena do crime, foi ferido no braço pelos tiros disparados por Eliston e fugiu para o Paraguai.

Estão presos o brasileiro Igor Franco Ortiz, 23, e o paraguaio Fábio Armindo Cabral Irala, 33. Eles fugiram de ônibus para a capital paulista e foram capturados em ação conjunta de policiais civis e militares de Mato Grosso do Sul e São Paulo e agentes da delegacia da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Dourados.

Na tarde deste domingo, eles foram trazidos no avião do Dracco de São Paulo para Campo Grande e depois transferidos de carro para Dourados, onde seguem presos.

Segundo Erasmo Cubas, os pistoleiros queriam sequestrar, torturar e matar Eliston da Silva e a mulher dele. No Fox prata usado na cena do crime e abandonado nos fundos do antigo Dourados Park Hotel, os policiais encontraram fita adesiva, abraçadeiras conhecidas como “enforca gato” e uma escada.

A intenção inicial seria invadir a casa escalando o muro, render Eliston e a mulher e torturá-los. Por fim, os dois seriam mortos. Entretanto, Eliston estava saindo de carro no momento em que os pistoleiros chegaram e os bandidos tiveram de improvisar.

Eliston estava levando a cachorra para o petshop quando foi alvejado a tiros. Armado com uma pistola 380, ele reagiu, feriu um dos pistoleiros e chegou a ser levado pela esposa ao hospital, mas chegou ao local morto.

Na casa, os policiais apreenderam a pistola 380 e outra, 9 milímetros. Ao contrário da primeira versão no dia do crime, a mulher disse em depoimento que não chegou a atirar nos pistoleiros. Ela confirmou que, ao ouvir os tiros, pegou a pistola que estava na casa e foi para a frente do imóvel, mas os bandidos já tinham fugido. As investigações continuam, para prender os outros envolvidos.