Mulher de 47 anos, que trabalhava como babá, teve a prisão decretada na tarde de quinta-feira (20/3), após uma criança de um ano e 11 meses morrer afogada na piscina da residência onde ela cuidava também de outras crianças.
O caso veio à tona depois que a vítima deu entrada na Unidade de Saúde da Família do Núcleo Industrial, em Campo Grande. Os profissionais tentaram reanimar o pequeno, mas ela não sobreviveu.
Segundo o delegado Roberto Morgado, após colher a primeiras informações na unidade de saúde, os policiais foram até o local dos fatos e apurou que, por volta de 11h30, a cuidadora deixou a vítima brincando no quintal, na companhia de outras crianças, e foi até a cozinha, para fazer o almoço.
Alguns minutos depois, outra criança que estava no local, sentindo falta da vítima, foi até os fundos do quintal, onde encontrou o infante de bruços, dentro da piscina. A babá teria sido avisada e, com ajuda de populares, socorreu o bebê. Há informações de que a criança ainda estava viva quando foi retirada da água.
A cuidadora e algumas testemunhas foram encaminhadas à Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde, após a tomada dos depoimentos necessários, o delegado de plantão entendeu que a cuidadora foi negligente ao deixar, mesmo sem intenção, que a vítima tivesse acesso à piscina, razão pela qual decretou a prisão da mulher, indiciando-a pelo cometimento do crime de homicídio culposo.
É de se observar que a piscina em questão tinha uma lâmina de água de apenas 30 centímetros, aproximadamente, o que fez com que a cuidadora pensasse que não representava nenhum perigo. “Ocorre que, infelizmente, afogamento de crianças em águas até mais rasas é comum, o que exige ainda mais atenção e cuidado dos responsáveis”, alertou o delegado.