A prisão preventiva dos cinco acusados de matar a facadas Bruno Santana Ávalos de 17 anos em Deodápolis, foi decidida pela juíza Natalia Devechi Picoli Antunes, na noite desta segunda-feira (15), durante audiência de custódia. "(...) a custódia cautelar dos autuados se revela ser não apenas a medida mais adequada para a espécie, mas, sobretudo, a mais necessária, ante a necessidade de resguardo da ordem pública, uma vez que o crime foi praticado, em tese, com violência desmedida, conforme deflui da leitura das peças existentes até então, demonstrando a periculosidade dos autuados".
Foram presos Eric Henrique de Jesus, 21 anos; Fabiano Alves Capelacho, 25 anos; João Pedro Leôncio de Lima, 19 anos; Rafael da Silva Alves, 19 anos e Ryan Teixeira Salustiano de 19 anos. O rapaz, de 17 anos, foi assassinado com facadas no tórax e pescoço após ser acusado falsamente de estuprar uma menina de 14 anos.
O caso
De acordo com informações publicadas pelo site Campo Grande News, no sábado (13), o pai da menor de idade, Fabiano Alves Capelaxio, de 35 anos, estava em uma conveniência e ouviu o momento em que o adolescente de 17 anos conversava com um tio e afirmava que havia "ficado" com a menina de 14 anos.
"Inconformado com o suposto relacionamento e alegando falsamente que a filha havia sido estuprada, o homem se reuniu com mais quatro indivíduos e buscaram a vítima em sua casa", detalha a Polícia Civil em nota.
Pouco tempo depois, durante a noite, Fabiano, acompanhado de outros quatro rapazes, sendo eles: João Pedro Leôncio de Lima, de 19 anos, Ryan Lucas Teixeira Salustriano, 19, Rafael Kennedy da Silva Alves, 19, e Erik Henrique da Silva Jesus, de 21 anos, foram até a casa do tio da vítima e obrigaram que os levassem até uma área rural próximo à cidade, onde foi feito um “tribunal do crime”.
O rapaz de 17 anos também foi colocado à força no carro e, mesmo negando a acusação de estupro, foi brutalmente morto com várias facadas no coração e no pescoço. "(...) executaram a vítima de forma bárbara, com várias facadas no coração e cortando seu pescoço (esgorjamento)", descreve a Polícia Civil.
Dois dos envolvidos alegam que correram no momento em que os autores desferiram as facadas. Três ficaram no local, enquanto um filmava a execução, os outros dois golpeavam a vítima. As imagens são chocantes e não serão divulgadas pela reportagem.
Depois, o tio do adolescente foi obrigado a dirigir o veículo e seguir até um bar, onde um dos autores ingeriu bebidas alcoólicas. O tio também foi obrigado a pagar a conta das bebidas, de R$ 120. Na sequência, Fabiano disse que voltariam para ocultar o corpo, momento em que o tio entregou a chave do carro, correu e se escondeu em um matagal.