O clima de tensão na fronteira continua, desta vez o governador de Amambay Ronald Acevedo fez críticas à polícia paraguaia e ao governo do presidente Mario Abdo Benítez por causa da violência na faixa de fronteira com Mato Grosso do Sul.)
Um dia após enterrar o corpo do irmão, o prefeito de Pedro Juan Caballero José Carlos Acevedo Quevedo, 51, Ronald deixou claro que não confia no trabalho da Polícia Nacional para investigar o assassinato e disse que o governo está “sem rumo”.
Na manhã desta segunda-feira (23), durante entrevista coletiva, Ronald assegurou que não tem confiança no que a polícia e os promotores podem fazer. "Assim como fizeram no caso da minha filha, acho que não farão nada no caso do meu irmão", disse ele, lembrando o assassinato de sua filha ocorrido em outubro do ano passado por pistoleiros.
Vale ressaltar a disputa politica que existe no país, o Clã Acevedo é do Partido Liberal, rival histórico do partido de Mario Benítez, o Partido Colorado.
A mulher de Ronald, Carolina Yunis, atual presidente da Câmara de Vereadores de Pedro Juan Caballero, assumiu nesta segunda-feira como prefeita interina. Com a morte de José Carlos Acevedo, haverá novas eleições para escolher o administrador da cidade, entre 30 e 60 dias.
A morte
O velório do prefeito, foi marcado por muita emoção, moradores paraguaios, do lado brasileiros, autoridades políticas, estiveram no local e lamentaram a morte de Acevedo. O prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo Filho (PSDB) esteve no velório do prefeito e lamentou a perda do colega político e prestou condolências ao povo paraguaio.
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Após velório no Paço Municipal de Pedro Juan, o corpo do prefeito saiu em cortejo pelas ruas da cidade, passou pela Rádio La Voz del Amambay, onde Acevedo trabalhou como diretor artístico e. O cortejo seguiu até a Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pedro Juan Caballero onde aconteceu a missa de corpo presente.