A Justiça Federal condenou a 10 anos, 2 meses e 15 dias de prisão os três paraguaios flagrados com 1,8 tonelada de maconha em ônibus de turismo, em outubro do ano passado, em Juti.
Marcelino Gonzalez, Margarita Nuñez Moran e Alberto Jara Gerding alegaram que a viagem seria para pagar promessa. O ônibus levava 22 jovens que viajavam sem qualquer custo.
A sentença foi assinada no dia 23 deste mês pelo juiz federal substituto Rodrigo Vaslin Diniz. “Está demonstrado o dolo direto, consistente na vontade livre e consciente dos acusados em transportar substância entorpecente (maconha) de origem paraguaia, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”, afirmou o magistrado.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, todos os passageiros eram jovens paraguaios que relataram ter ganho a viagem, sem nenhum ônus, como resultado de alegada promessa religiosa. Margarita, que se identificou como responsável pela “excursão”, disse que os custos tinham sido arcados pelo marido.
A apreensão foi feita por policiais militares no dia 9 de outubro. O ônibus estava estacionado em restaurante no perímetro urbano de Juti. O nervosismo do motorista e do auxiliar levantou suspeita.
Durante busca minuciosa, utilizando cães farejadores e ferramentas específicas, os policiais localizaram a maconha escondida dentro do veículo. A mulher, o motorista e o auxiliar foram presos em flagrante. Além da reclusão, o juiz determinou que cada um pague 1.021 dias-multa, no valor unitário de 1/30 do salário mínimo.