Aproximar as relações comerciais entre Brasil e China. Esse foi o objetivo da visita da ministra conselheira chefe do Departamento Econômico e Comercial da Embaixada da China, Shao Yingjun, a Governadoria do Mato Grosso do Sul na tarde desta quinta-feira (22). Na ocasião, o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), realizou uma apresentação sobre as potencialidades do Mato Grosso do Sul, com os bons números do Estado e projetos como a Rota Bioceânica e a nova Ferroeste.
O Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, elencou as exportações entre os dois países e deixou clara a intenção de ampliar o comércio de produtos, principalmente por meio da Rota Bioceânica que segue em construção, a pleno vapor. “Os chineses são nossos grandes compradores de soja e grãos. Queremos ampliar esse comércio, com a venda de mais carnes, celulose, entre outros. Quando a Rota Bioceânica estiver concluída, nossas relações se tornarão economicamente mais viáveis por meio dela, haja vista a possibilidade de atracar navios de alto calado (maior capacidade) no Chile que em Santos e a economia de 14 dias pelos portos de Iquique e Antofagasta”, afirmou.
A visão de futuro do Governo foi reforçada pelo secretário de Relações Internacionais, Luiz Renato Adler, que avaliou o ambiente econômico positivo do Estado, que gera confiança ao mercado local, regional, nacional e internacional. “A gestão do Governador Eduardo Riedel vem promovendo uma grande transformação na economia do Estado, com carteira bilionária de investimentos e diversificação da cadeia produtiva, promovendo geração de empregos e aumento da renda da população. Projetos que estão em andamento como a infovia digital, carbono neutro, universalização do saneamento básico, plano estadual de pavimentação das cidades, vai criar condições cada vez melhores para atração de investidores e principalmente de qualidade de vida da população sul-mato-grossense”.
O vice-governador explicou sobre os biomas existentes no Mato Grosso do Sul – cerrado (62,64%), pantanal (27,28%) e mata atlântica (10,48%) e falou sobre o monitoramento da ocupação do solo, sobre as ferrovias (oeste, norte e nova Ferroeste), produção de minério de ferro e manganês (3º do Brasil) e celulose (2º do Brasil), e do andamento das obras da Rota Bioceânica.
“Precisamos cuidar do bioma para garantir a manutenção da vida, com água, solo, fauna e flora e também para gerar riqueza por meio da questão ambiental, como o ICMS ecológico por exemplo, que estimula os municípios a cuidarem cada vez mais do meio ambiente. A gestão atual é voltada para o meio ambiente e tecnologia. Trabalhamos com foco nos quatro eixos que são ‘próspero, inclusivo, verde e digital’. Nossa grande meta é deixar um grande legado que atraia novos investimentos e negócios, gere empregos, aumente a renda e melhore a vida das pessoas”.
A ministra se mostrou bastante interessada nos números de produção e disse que a meta do país é estreitar cada vez mais as relações comerciais com o Brasil. “Temos muito interesse em prospectar novos negócios e ampliar o comércio com o Mato Grosso do Sul. Nossa presença aqui hoje demonstra essa vontade de trabalhar mais com esse Estado”, disse. Antes de finalizar, Shao Yingjun, fez um convite aos representantes do Governo do MS, para divulgar as potencialidades de Mato Grosso do Sul a investidores da China, durante viagem àquele país.
Anhui
Os chineses são grandes players do mercado internacional e parceiros econômicos do Estado. No dia 14 de novembro de 2023, o gabinete recebeu representantes da província de Anhui (China) que estiveram no gabinete com a intenção de assinar um acordo de cooperação para “Estabelecimento de Relação Estados Irmãos”.
A província de Anhui é uma das integrantes da Zona Econômica do Delta do Rio Yangtze, a região mais rica da China e uma das bases industriais mais fortes dos segmentos de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Com 63,65 milhões de habitantes, possui a oitava maior população da China e a 11ª em termos de PIB.
Integrando a zona econômica mais poderosa da China, Anhui normalmente é a parte esquecida do Delta do Yangtze, devido a potência econômica de Shanghai, Zhejiang e Jiangsu. Entretanto, apresenta um parque industrial dos mais diversos do país, uma rede de infraestrutura completa que, junto com a proximidade dos portos de Shanghai e Ningbo, torna a província uma excelente escolha para estabelecimento de indústrias com boa localização e custos mais baixos do que as regiões vizinhas.