Acusado de tráfico de drogas, Bruno Pinheiro Dantas, 32 anos, teve a prisão decretada em audiência de custódia. Um dos pontos citados pelo juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal, é que o acusado mantinha substância entorpecente na casa onde mora com duas filhas, uma criança e uma adolescente.
Bruno Dantas foi preso por policiais da 2ª Delegacia de Polícia acusado de ser o principal fornecedor de crack em pontos de venda de drogas do Jardim João Paulo II, na região leste de Dourados.
Para rebater o pedido da defesa, que solicitou a conversão do flagrante em prisão domiciliar, o juiz citou os perigos do tráfico. “A prisão cautelar se revela necessária de forma a tutelar as crianças, uma vez que as porções de drogas do tipo ‘crack’, extremamente nocivas à saúde, foram encontradas no interior da residência, portanto, expondo as infantes à periculosidade que os entorpecentes trazem. Prisão domiciliar não tem o condão de resguardar a ordem pública, já que mesmo estando cumprindo pena em meio aberto, o autuado voltou, em tese, a delinquir, de modo que necessária a custódia em regime fechado”, afirmou o juiz.
No dia da prisão do acusado, ao perceber o cerco policial em sua casa, ele deixou o local em um Palio preto em alta velocidade, foi perseguido e preso na casa da avó, onde tentava se esconder. Bruno estava armado com uma pistola Glock 9 milímetros com 17 cartuchos. Parentes tentaram impedir a prisão e um deles chegou a ser algemado.
Na casa de Bruno, na Rua Antonio do Amaral, os policiais localizaram mais um carregador de pistola com 9 munições e 100 gramas de crack – parte já fracionada para ser embalada. Também foram apreendidos em torno de R$ 1 mil em espécie.
Segundo a polícia, a distribuição de droga nas “bocas” do bairro era feita pela mulher de Bruno, conhecida como “Sandra”, mas ela ficou doente e teve de sair do tráfico, deixando o marido no colmando do “negócio”.
Em depoimento na delegacia, Bruno disse que a droga era para consumo próprio. Sobre a arma, alegou que está “jurado de morte” por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), por isso teria comprado a pistola e as munições por R$ 10 mil. Para explicar o dinheiro vivo, disse que recebeu seguro do pai, morto há três meses. Com a prisão preventiva, ele vai ser levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).