Está em poder da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul o celular de Luana Yasmin Gonçalves da Silva, 15, encontrada morta terça-feira (26) em Pedro Juan Caballero.
Segundo apurado pelo site Campo Grande News, o aparelho foi entregue pela irmã da adolescente ao secretário de Segurança Pública de Ponta Porã Marcelino Nunes de Oliveira. Luana desapareceu na madrugada de sábado (23) após passar a noite com duas amigas e dois amigos de um bar no centro de Ponta Porã.
O corpo da menina foi encontrado em uma valeta de águas pluviais nos fundos do shopping de importados Planet Outlet, no lado paraguaio da linha internacional.
Conforme Marcelino Nunes de Oliveira, o celular estava com uma mulher de 21 anos. Ela era uma das pessoas que estavam com Luana no momento em que a menina teria desaparecido e se negava a devolver o aparelho.
Moradora no distrito de Sanga Puitã assim com Luana, a mulher chegou a usar o celular da adolescente para se comunicar com a família dela e saber notícias quando a menina ainda estava desaparecida. Um dia após o corpo ser encontrado, a amiga mandou áudio a parentes da adolescente alegando inocência, mas para a polícia ela é suspeita do crime.
O secretário disse que o celular foi resgatado por um primo de Luana e levado até a sede da GCMFron (Guarda Civil Municipal Fronteira) pela irmã da adolescente. Hoje à tarde o celular foi entregue por ele ao delegado regional de Ponta Porã, Clemir Vieira, para ser periciado.
A investigação do caso está em meio a um impasse, pois a menina morava em Ponta Porã e teria desaparecido ainda em território brasileiro. Entretanto, o corpo foi encontrado no lado paraguaio, por isso a morte é investigada pela Polícia Nacional.
O médico forense da Polícia Nacional afirmou que Luana morreu em consequência de pancada no lado direito da cabeça. O objeto usado no golpe poderia ser um “soco inglês”, instrumento de defesa pessoal colocado nos dedos para ampliar a força de um golpe com a mão.
Segundo o legista, o corpo foi arrastado pela enxurrada até o local onde foi encontrado, já em decomposição. Um policial paraguaio que teria sido visto conversando com Luana na mesma noite do desaparecimento também é suspeito.