Servidor da Prefeitura de Ivinhema acusado de desviar pelo menos R$ 800 mil do cofre público foi preso hoje (6) durante Operação Publicanos, deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Ele não teve o nome revelado.
Segundo o MP, os crimes teriam sido praticados em 2019, 2020 e 2021 – nos dois últimos anos do ex-prefeito Eder Uilson França (PSDB) e no primeiro ano do atual prefeito Juliano Ferro (União Brasil).
Na manhã de hoje, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a 1ª Promotoria de Justiça de Ivinhema cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e o mandado de prisão temporária contra o servidor. As equipes estiveram na sede da prefeitura, em duas residências e numa empresa de ar condicionado de veículos.
Conforme o MP, entre 2019 e 2021, o servidor da prefeitura praticou de forma recorrente crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ocupando cargos de fiscal de tributos municipais e de diretor de divisão de tesouraria, ele aproveitou a função para desviar o dinheiro mediante transferências eletrônicas e depósito de cheques pertencentes ao município em suas contas pessoais.
Para ocultar os valores desviados, o servidor comprou imóveis e os registrou em nome de parentes. O Poder Judiciário decretou o sequestro desses bens para reparação do dano causado aos cofres públicos.
Conforme o Gaeco, o nome da operação faz alusão aos “publicanos”, cobradores de impostos que tinham fama de ser avarentos e egoístas e de pertencer ao sistema corrupto no Império Romano 200 anos a.C.