Professores e estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) implementaram um sistema de aquaponia, que integra produção de peixes e hortaliças, em escolas do Assentamento Itamarati. O sucesso desse projeto foi apresentado ontem (27, na Cúpula de Ciências da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorre em Nova York, nos Estados Unidos.
A iniciativa de apresentar o projeto na Organização das Nações Unidas (ONU) é da professora Maria Célia Portella, pesquisadora do Centro de Aquicultura da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP).
Durante a Cúpula de Ciências, cientistas de todo o mundo se reúnem em sessões temáticas, envolvendo questões sobre ecossistemas aquáticos e terrestres, produção de alimentos, mudanças climáticas, sustentabilidade social, econômica, ambiental e de governança, ações para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre outros assuntos. A professora Maria Célia fez a apresentação sobre os sistemas de aquaponia no Assentamento Itamarati na sessão intitulada "Fortalecimento sustentável e uso seguro dos recursos marinhos e de água doce para aumentar a segurança alimentar nos países em desenvolvimento”.
Também participaram da sessão Carolina Mendes Costa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Leila Hayashi, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Segundo a professora Juliana Carrijo Mauad, coordenadora do projeto de extensão Centro de Desenvolvimento Rural (CDR) no Assentamento Itamarati, “é um importante reconhecimento ter uma das ações do projeto entre as experiências bem-sucedidas escolhidas pela professora Maria Célia para serem apresentadas no evento. A aquaponia tem sido trabalhada no assentamento como uma tecnologia social e ferramenta pedagógica para os professores das diferentes escolas”. Juliana, que é docente da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA/UFGD) e coordenadora da ação de aquaponia, agradece aos alunos e aos professores das escolas do Itamarati que mantêm o projeto e, também, a todos os estudantes e professores da UFGD que participaram da implantação dos sistemas. Em especial, a professora Juliana agradece à Laiane Alves, que é acadêmica de Engenharia de Aquicultura e bolsista do projeto.
O projeto de extensão Centro de Desenvolvimento Rural (CDR) integra atividades de pesquisa e de ensino no Assentamento Itamarati desde 2017.
Docentes e discentes da UFGD desenvolvem, no local, atividades divididas em quatro eixos temáticos: produção animal, produção vegetal, educação e gestão & empreendedorismo. Em 2021, além do apoio financeiro da Prefeitura Municipal de Ponta Porã, o CDR passou a contar com recursos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.