Pela primeira vez na história, a Polícia Civil não vai participar do desfile de 7 de Setembro na Avenida Marcelino Pires, em Dourados. Por ordem do governo de Mato Grosso do Sul, todas as viaturas que estavam mobilizadas para o evento tiveram de deixar o centro (veja o vídeo acima).
O Dourados Informa apurou que a proibição vale para todas as cidades. Representantes dos policiais civis acreditam que a intenção seria impedir protestos contra o governo do Estado.
Nesta semana, os policiais iniciaram manifestações para cobrir melhorias salariais. Na quinta-feira (6), a categoria se concentrou nas delegacias e atendeu apenas flagrantes e ocorrências de violência doméstica. Até mesmo as investigações podem ser paralisadas nos próximos dias se não houver avanço nas negociações.
O governador Eduardo Riedel considera o movimento legítimo, mas afirmou que não atenderá as reivindicações dos policiais. Segundo ele, o Estado não conseguirá atender a exigência de tornar a categoria a sexta profissão com melhor remuneração do país.
“Toda a negociação, com qualquer categoria, o diálogo está sempre aberto. Uma coisa que eu prezo muito no governo é a relação aberta com os servidores. Eles são o que temos de mais importante para oferecer para a sociedade, e não é diferente com a Polícia Civil de MS. Temos que manter o equilíbrio fiscal, que é uma premissa para o crescimento. Temos esse limite, não podemos atender. O movimento é legítimo e estamos de portas abertas, mas temos esse limite", Riedel.
Os policiais querem reajuste de 28% no subsídio, para que o salário atinja a sexta posição no ranking nacional, aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, implementação do auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, plantões voluntários remunerados e adicional de fronteira. (Com informações do Campo Grande News)