O Comando da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informou que está tomando “todas as medidas necessárias” para elucidar a ação ilegal de quatro PMs à paisana contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, 46, na manhã de ontem (2) em Nova Andradina.
Perseguido na rua por dois veículos descaracterizados, ele sofreu violência física e psicológica praticada pelos quatro homens. As cenas foram gravadas por câmeras na frente da casa do jornalista. Sandro registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e acusou PMs da cidade.
“Será instaurado procedimento administrativo para apurar as circunstâncias, bem como, a conduta dos policiais militares envolvidos nessa ocorrência”, informou o comando, em nota oficial.
Através do serviço de comunicação, a Polícia Militar afirmou que é formada por mulheres e homens que diariamente servem à sociedade sul-mato-grossense mesmo com o risco da própria vida e, em respeito a esses policiais militares e à toda comunidade atendida pela corporação, o Comando da PMMS, “reafirmando o compromisso da instituição com o fiel cumprimento das leis”, tem total interesse em elucidar as circunstâncias do fato citado.
“A PMMS é uma instituição que preza e promove o Estado Democrático de Direito o qual se solidifica, também, pelo livre trabalho da imprensa, segmento que atua em harmonia com a corporação, inclusive, incentivando o aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido pela Polícia Militar”, diz o comando.
OAB
A 7ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Seccional de Mato Grosso do Sul, divulgou nota oficial sobre o caso.
“Diante da aparente gravidade dos fatos denunciados, a Ordem dos Advogados do Brasil, no seu papel de defensora do Estado Democrático de Direito, vem à público informar que a Presidência da 7ª Subseção da OAB/MS nomeará uma comissão para acompanhamento e apuração dos fatos noticiados. Após, com a devida apuração e delimitação dos fatos, analisará as medidas pertinentes cabíveis, não se olvidando, jamais, na defesa intransigente liberdade de expressão e de imprensa”.