Envolvido no confronto entre indígenas e sitiantes ocorrido no dia 13 de setembro deste ano em Dourados foi preso nesta sexta-feira (6) no âmbito da Operação Py'aguapy, deflagrada pela Polícia Federal.
Além do mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal, a PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Dourados e Nova Olímpia (MT). Pelo menos 60 policiais federais foram mobilizados para cumprir os mandados.
Segundo a PF, a investigação, que ainda está em andamento, começou após o conflito agrário entre indígenas e sitiantes, com indícios de utilização de armas de fogo e armas de fabricação artesanal, como flechas, armas brancas e “coquetel molotov”.
Durante o conflito, ocorrido em área reivindicada pelos indígenas na região oeste do município de Dourados, ao lado da Aldeia Bororó, pelo menos dois indígenas foram hospitalizados com lesões decorrentes de disparos de arma de fogo.
Conforme a Polícia Federal, os investigados, na medida de sua participação, poderão responder por tentativa de homicídio e lesão corporal.
A PF não revelou se os alvos são apenas os sitiantes ou também indígenas. “Py’aguapy”, em guarani, significa paz ou pacificação.
A área, formada por pequenos sítios e sitiocas, é palco de confrontos desde 2018. Grupos indígenas afirmam que as terras fazem parte da reserva criada em 1917. Os proprietários, no entanto, defendem que possuem escrituras dos imóveis, herdados dos pais e avós e que antes faziam parte de fazendas vizinhas da reserva.
Crédito: Campo Grande News