esde programas de pagamento por serviços ambientais até as políticas públicas que vão de recuperação de solo a Carbono Neutro, está sendo apresentado pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que representa o governador Eduardo Riedel na 16ª edição da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-16).
O evento começou segunda-feira (21) em Cali, na Colômbia, e vai até o dia 1º de novembro.
Esta é a primeira COP da Biodiversidade após a estruturação do Marco Global de Kunming-Montreal (GBF – Global Biodiversity Framework, em inglês), assinado por 196 países em dezembro de 2022, durante o último encontro liderado pelos chineses e ocorrido no Canadá.
O documento reúne 23 metas globais a serem alcançadas até 2030 em busca da regeneração de todo o conjunto de vida na Terra.
São mais de 18 mil pessoas participando do evento, sendo que a comitiva brasileira integra mais de 500 pessoas de todos os estados do País, incluindo a participação do Ministério do Meio Ambiente, além de muitas organizações não governamentais que vem apresentar na COP os seus projetos vinculados à biodiversidade.
Paralelamente, ocorrem no evento mais de 100 palestras. O titular da Seamdesc representa o Governo do Estado de MS acompanhado pela superintendente de Gestão de Ativos Ambientais (SUPAMB) Ana Cristina Trevelin.
Ontem (22) o secretário fez a primeira palestra do Governo do Estado na COP-16 em um workshop que está discutindo a vinculação entre mudanças climáticas e políticas de biodiversidade. Na ocasião ele apresentou o case do Mato Grosso do Sul desde o foco na área do carbono, como também todo o problema da redução da biodiversidade principalmente em função das queimadas.
“Tivemos a oportunidade de mostrar que nós estamos desenvolvendo um programa de serviços ambientais que contempla a questão da biodiversidade”, destacou lembrando que o programa vai chegar também ainda ano ao Pantanal.
“A meta é dar continuidade à implementação da lei do Pantanal. Acho que isso foi extremamente positivo, e também a restauração de unidades de conservação visando os indicadores de biodiversidade. Nós destacamos aqui também a certificação de biodiversidade. Então a gente falou aqui do BioBônus, que foi um projeto que nasceu ainda no Mato Grosso do Sul, e que hoje é tocado pela federação das indústrias do Estado. É um projeto que tem de avançar. Mato Grosso do Sul tem uma iniciativa na questão do biobônus, mas está focado na questão dos pagamentos de serviços ambientais. Então, acho que o Mato Grosso mais uma vez presente, mostrando a visão estratégica que tem sobre a questão de sustentabilidade, aí nós estamos falando de sustentabilidade econômica, social e ambiental”, acrescentou.
De acordo com Verruck, a COP-16 tem um foco bastante forte nas comunidades tradicionais.
“Nós temos uma participação de indígenas praticamente do mundo inteiro no evento, com vários painéis nas questões indígenas; Aí vão da regulação fundiária, ocupação, até o desenvolvimento econômico dessas comunidades indígenas. Então, acho que é um momento importante o Mato Grosso mais uma vez representado num evento internacional que trata da questão da biodiversidade. E nós sempre temos aí uma grande satisfação de entender que o Mato Grosso do Sul tem um conjunto de políticas públicas capazes de dar suporte a esses grandes acordos internacionais, seja na área da mudança climática, na área da biodiversidade e na área do crédito de carbono”, concluiu.